Nomes já não querem dizer muita coisa no mundo automotivo. Lembra o filme "Megamente", em que o arquirrival do protagonista, Metro Man, muda de nome para outro com M "para manter a logomarca". Só isso explica a Mitsubishi chamar de Eclipse um crossover. E a GM chamar de Blazer seu mais novo modelo, um crossover aparentemente de tração traseira que bem poderia usar a mesma plataforma do Equinox, a D2XX, mas cujos motores, um 2.5 de 4 cilindros (e 194 cv) e um V6 3.6 (e 309 cv), remetem à plataforma E2XX, a mesma do Impala. Também de tração dianteira com a possibilidade de ter também tração integral.
Dando sequência a uma série de apresentações sem dados técnicos, como a do Suzuki Jimny e a do Volvo S60, a Chevrolet não diz quais são as dimensões do novo crossover. Só gasta latim sobre o sistema multimídia do modelo, com 4G LTE e uma tela sensível ao toque de 8 polegadas, compatível com Apple CarPlay e Android Auto. E diz que os motores que já citamos vêm com a transmissão automática de 9 marchas. Que confirma que a plataforma é para modelos de tração dianteira.
Os traços e o motor V6 fizeram muita gente relacionar o novo crossover ao Camaro, mas isso é injustiça. Fora o motor, não há nada que os dois veículos compartilhem. O desenho segue apenas a nova identidade visual da Chevrolet. Que o Camaro teve a missão de estrear. Se há um veículo do qual o Blazer é aparentado, trata-se do Impala, como já mencionamos. Um que, se a GM seguir o exemplo da Ford, não deve demorar a sair de cena.
Nos EUA, o novo Blazer foi recebido com decepção pela crítica. Isso porque havia a expectativa de que ele seguisse a receita do modelo tradicional. Com chassi e proposta fora-de-estrada, para encarar o futuro Ford Bronco. Resta saber como o público reagirá ao novo modelo. É ele que a GM deve se preocupar em agradar.