O reinado tranquilo da Fiat Toro perderá o sossego em breve. Se a Volkswagen já apresentou o conceito Tarek, que chegará no próximo ano, e a Ford tem planos adiantados para lançar um modelo em 2021, conforme noticiamos, a Chevrolet não ficará para trás.
A informação foi revelada em conversa com a KBB pelo presidente da Chevrolet América do Sul, Carlos Zarlenga. Segundo o executivo, a empresa observa "oportunidades vibrantes" e ressalta que a marca só tem a Montana abaixo da S10, observando que há espaço nesse segmento.
Essa picape poderia ser derivada da boa arquitetura compacta, que chega ao Brasil junto do Onix Plus. Outra possibilidade seria aproveitar o possível futuro fim da produção do Cruze na Argentina, assim como aconteceu nos Estados Unidos, e utilizar a plataforma do médio. Isso diminuiria parte do investimento, uma vez que a placa argentina não precisaria ser adaptada a uma nova base, somente à carroceria. No entanto, ambas as possibilidades não passam de especulação no momento.
A próxima novidade deverá ser o Tracker, mas a Chevrolet não pretende parar por aí. A marca também estuda o segmento abaixo dos SUVs compactos, onde a Volkswagen promete entrar com dois modelos. Neste caso, Zarlenga não deu muitos detalhes, mas assim como Pablo Di Si, presidente da marca alemã, acredita em segmentação desse tipo de veículo.
Mercado, exportações e reformas
A Chevrolet acredita que os novos lançamentos a fortalecem na sequência da briga pela liderança. Apesar disso, ainda faz cobrança por melhorias fiscais. Segundo Zarlenga, é preciso reduzir especialmente o imposto para exportação, já que os possíveis países de destino não irão usufruir de benefícios dessa taxação. Além disso, o custo mais alto torna o produto nacional menos competitivo.
"Como a gente não tem tantos carros no Chile? Um mercado totalmente aberto, nossos vizinhos e vendemos poucos carros pra lá. Isso porque o chileno não vai pagar imposto brasileiro".
A crise argentina agrava a situação, mas o executivo acredita ainda que o país precisa de reformas trabalhistas e fiscais, além da desburocratização e reforma em estruturas que facilitem a distribuição da produção.
Projeção: Kleber Silva