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Crise dos semicondutores pode custar até 280 mil veículos a menos no Brasil em 2021

Anfavea prevê que situação só comece a ser normalizada a partir do segundo semestre do ano que vem

A indústria automotiva brasileira continua passando por um momento delicado, compartilhado, em algum grau, com o restante do mundo. Segundo a Anfavea, associação das fabricantes, agosto teve resultado -1,5% pior em vendas do que o mês anterior e -5,8% em comparação com 12 meses atrás. Quanto à produção, houve estagnação quanto à julho deste ano, porém a queda diante de 2020 chega a quase -22% e, sobre isso, a expectativa da entidade é a de que a situação só comece a ser normalizada a partir do segundo semestre do ano que vem, devido à crise dos semicondutores, que pode "custar" até 280 mil veículos a menos produzidos no Brasil em 2021.  

De acordo com o relatório da Anfavea, foram licenciados 172,8 mil automóveis e comerciais leves em agosto. Isso representa média diária de 7,9 mil carros para o mês, acentuando a queda contínua deste índice desde maio, quando a média diária de vendas estava em 9 mil unidades. Para efeito de comparação, em agosto do ano passado, quando as medidas sanitárias de prevenção à pandemia estavam mais rígidas do que as atuais na maioria dos estados brasileiros, o mercado vendia cerca de 8,7 mil veículos por dia. Em agosto de 2019 este número era de 11 mil. 

Quanto à produção, foram fabricados 164 mil veículos no mês passado, praticamente mesmo patamar dos 163,6 mil de julho. Contudo, ante às 210 mil unidades produzidas em agosto do ano passado, quando a pandemia era o principal problema da indústria, em vez da falta de semicondutores, a diferença é bastante relevante (sem contar a comparação com as 270 mil unidades produzidas em agosto de 2019, quando não havia crise alguma). 

Neste cenário de baixa produção, os estoques das fábricas e concessionárias atingiram o menor nível desde 1999, quando a Anfavea começou a monitorar este volume. Atualmente, existem 76 mil unidades prontas paradas, o que, considerando a média diária de vendas atual, corresponde a 13 dias de abastecimento ao mercado. Em condições normais, os estoques durariam entre 35 e 45 dias. 

Durante a apresentação dos resultados de agosto, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moares, enfatizou que o problema do fornecimento de semicondutores à indústria automotiva é de escala global e divulgou uma atualização do estudo da BCG que prevê quantas unidades devem deixar de ser produzidas até o final do ano por conta deste problema: entre 7 e 9 milhões de carros. No caso do Brasil, o presidente disse que é difícil estimar um número exato, mas que o déficit de produção pode ficar entre 240 mil e 280 mil em 2021 e a situação só começará a ser resolvida a partir da metade de 2022. 

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