Menos de 24 horas após confirmarem negociações, os grupos Fiat Chrysler Automobiles e Grupo PSA, dono de Citroën, DS, Peugeot e Opel, anunciaram um acordo de fusão para criar o quarto maior grupo de automóveis do mundo.
De acordo com o plano anunciado, cada uma das empresas receberá 50% das ações para dividir entre os seus acionistas. Além disso, dentro de quatro anos espera-se sinergia de 80%. Com isso, a nova empresas prevê reduzir os custos em 2,8 bilhões de euros (R$ 12,5 bilhões) em comparação aos gastos que FCA e PSA teriam separadas.
Analisando somente 2018, a fusão cria uma empresa com lucro bruto de 170 bilhões de euros (R$ 757 bilhões) e lucro operacional de mais de 11 bilhões (R$ 50 bilhões). Curiosamente, a sede da nova empresa não será em nenhum dos países esperados (Itália, Estados Unidos ou França), mas sim nos Países Baixos. As ações serão listadas nas bolsas de Novo Iorque, Milão e Paris.
A fusão coloca 14 marcas de carros no mesmo grupo. A PSA conta com Citroën, DS, Peugeot, opel e Vauxhall, enquanto a FCA tinha Alfa Romeo, Chrysler, Dodge, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati, Ram e SRT. Há ainda as divisões Fiat Professional, Abarth, Mopar e a Free2Move na PSA (empresa de compartilhamento de veículos).
A notícia foi recebida de maneira dividida entre as bolsas de valores europeias. As ações da PSA, cotadas em Paris, caíram cerca de 9% às 6h, horário de Brasília, enquanto que, em Milão, as ações da Fiat-Chrysler dispararam em quase 10%. Apesar disso, estima-se que a nova empresa venda anualmente quase 9 milhões de veículos, se tornando o quarto maior grupo do segmento, atrás somente do Grupo Volkswagen, Toyota e Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.
