Em abril de 2016, a Ford abriu o processo de candidatura de compras para seu modelo mais avançado, o GT. O modelo teria uma produção de apenas 250 unidades por ano, feita por uma empresa canadense, a Multimatic Inc., de Markham, Ontário, e seria limitado a 1.000 unidades. Isso porque ele nasceu não com o propósito de ser um sucesso de vendas, mas sim de ser um modelo de imagem. Um item de colecionador. Um demonstrador de tecnologias. Mais do que isso, um carro para vencer as 24 Horas de Le Mans, como o original. Por isso é estranho que a Ford tenha resolvido fabricar mais unidades do modelo. Serão outras 350, fabricadas ao longo de mais 2 anos. Em vez de terminar em 2020, a produção irá até 2022.
A desculpa dada pela Ford é que a demanda pelo carro foi muito alta, em uma proporção de 7 interessados para cada unidade efetivamente vendida. Isso daria 7.000 interessados nas 1.000 unidades fabricadas. Com mais 350 unidades fabricadas, a proporção ficará em 5,19 para 1, o que não refresca muito. Além disso, a Ford acabará deixando os proprietários futuros e atuais irritados. Afinal de contas, um item de colecionador que se torna mais comum do que deveria ser acaba por perder valor. E o cara que comprou a suposta última unidade, que costuma valer mais no mercado, agora ficou no meio do bolo. Não seria nada estranho se ele processasse a fabricante. Para que, então, comprar essa briga? A razão para a produção adicional do hipercarro deve ser bem outra, mas só saberemos qual foi em um futuro distante. Se é que um dia descobriremos o motivo real.
O Ford GT tem 4,76 m de comprimento, 2 m de largura, 1,11 m de altura e 2,71 m de entre-eixos. Ele pesa 1.385 kg e é impulsionado por um motor 3.5 V6 EcoBoost de 656 cv a 6.250 rpm e 76 kgfm a 5.900 rpm. Com tração traseira, ele usa um câmbio Getrag 7DCL750, um automatizado de dupla embreagem e 7 marchas. É considerado um carro de corrida para as ruas, sendo capaz não apenas de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,3 s e passa fácil dos 300 km/h, chegando aos 348 km/h de máxima.
