Fim de uma era: a Honda confirmou nesta quinta-feira (11) que deixará de produzir o Fit no Brasil a partir de dezembro. O motivo: em 23 de novembro a marca lançará o inédito City hatch, que ocupará o espaço deixado pelo monovolume no mercado.
Lançado em 2003, o Honda Fit sempre foi um veículo com ótima reputação no mercado, sendo valorizado como carro usado, mas com as vendas de automóveis 0 km deprimidas e preços cada vez mais pressionados, a sua existência no País ficou em xeque. Também não dá para ignorarmos o fato de que ele já vinha perdendo espaço entre os consumidores nos últimos anos (caiu de um total de 24.457 emplacamentos em 2019 para 12.833 em 2020 e apenas 6.318 entre janeiro e outubro deste ano).
Atualmente, o Fit ainda aparece no site da marca com cinco opções de versões, desde a DX, de R$ 76.100, até a EXL, que passa dos R$ 100 mil (R$ 102 mil, para ser exato, mas você pode conferir os preços de mercado, regionalizados, do Fit na página de preço dele aqui na KBB). Todas as versões são equipadas com motor 1.5 aspirado de 116 cv.
No lugar dele, o futuro City hatch terá como vantagem sobre o monovolume o fato de ser 30 cm mais comprido, 5,4 cm mais largo e ter 7,2 cm a mais de distância entre-eixos. Além disso, espera-se que ele tenha mais potência que o Fit, cerca de 130 cv, embora vá utilizar o mesmo conjunto mecânico de motor 1.5 e câmbio CVT.
Com esta substituição de modelos, as chances do novo Fit de quarta geração vendido no exterior ficam praticamente sepultadas para o Brasil. Com tecnologias avançadas de assistência à condução, além de motorização híbrida, o monovolume atual ficou caro demais para ser vendido por aqui, por isso a necessidade de adotar o City hatch como opção para brigar em um segmento com maior volume de vendas (disputando com Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Volkswagen Polo, por exemplo).
