Desde a chegada dos aplicativos de mobilidade no Brasil, muita gente identificou uma oportunidade de complemento de renda, alternativa ao desemprego ou até mesmo uma opção de carreira aderir à profissão de motorista de aplicativo. Mas para isso, obviamente, é preciso ter um carro. Qual seria, então, o modelo mais adequado para você começar a trabalhar com seu carro?
Qualquer pessoa que use os aplicativos de mobilidade – e táxis, claro – nota que os sedãs são as escolhas preferidas de quem trabalha como motorista. Ainda mais os compactos. Isso porque, atualmente, os modelos deste segmento conseguem entregar espaço interno e bagageiro dignos de categorias superiores, mas com uma carroceria menor, portanto mais fácil para conviver no dia a dia, e, principalmente, por menor preço. Logo, a KBB Brasil decidiu ajudar você a decidir qual modelo você deveria apostar para dar início à sua carreira nestes aplicativos.
Nós reunimos as versões mais vendidas de todos os 13 modelos de sedãs compactos vendidos 0 km no Brasil e estabelecemos um ranking entre eles. O critério de trazer à matéria somente as versões mais vendidas de cada um deles serve para respeitar o movimento do mercado, por isso o que importa para nós é o conjunto que o carro tem a oferecer, nem tanto se os motores e/ou câmbios se equivalem, como vocês poderão ver na tabela abaixo. A única condição que une todos de maneira igual é a oferta básica de itens de conforto e convenciência, tais como: direção assistida, ar-condicionado, vidros e travas elétricas e sistema de áudio.
Para colocá-los em ordem, nós consideramos seis quesitos: preço, distância entre-eixos, porta-malas, consumo, revisões até os 60 mil km e potência. Contudo, como o objetivo é avaliar o veículo sob um viés exclusivamente utilitário, ou seja, racional, voltado ao trabalho, a KBB Brasil atribiu pesos diferentes para cada um destes quesitos. Os quesitos fundamentalmente financeiros (preço, consumo e revisões) correspondem a 60% da nota dada ao modelo, afinal, o modelo deve ser econômico acima de tudo para minimizar os custos e maximar os ganhos com a vida de motorista. Já 30% da nota diz respeito ao espaço (distância entre-eixos, ou seja, o tamanho da cabine, e porta-malas), uma vez que o conforto do passageiro está entre as principais preocupações do motorista. Os 10% restantes da nota levam em conta a potência do carro (independentemente do tamanho do motor), porque convenhamos: na maior parte do tempo os motoristas transitam dentro da cidade a 60 km/h ou fazendo viagens curtas e qualquer um dos modelos desta categoria trafega a 120 km/h sem demasiado esforço.
Você vai ver na tabela abaixo que, após aplicar toda esta metodologia, o modelo que se sobressaiu diante aos demais foi o Renault Logan. A diferença nas notas se assemelha à precisão vista em apurações de desfiles de carnaval, mas a verdade é que não há um modelo que destoe tanto assim dos demais, afinal, a concorrência da indústria automotiva está cada vez mais acirrada em todos os segmentos. Porém, a versão Expression 1.0 manual do Logan – a preferida do consumidor – é a mais equilibrada entre todas as outras dos 13 concorrentes analisados pela KBB Brasil. Além de ter o menor valor total de revisões até os 60 mil km, o Logan é o que mais se aproxima dos melhores resultados nos outros quesitos, como o consumo, o qual é o segundo mais eficiente. A potência, por outro lado, é o atributo mais fraco, já que seu motor 1.0 de 82 cv fica distante dos 150 cv do 1.5 turbo do Caoa Chery Arrizo5.
*Média de consumo com base na medição do Inmetro, considerando 55% de trajeto urbano e 45% de rodoviário.
