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Avaliação KBB™ - Citroën C4 Cactus Shine Pack

SUV se destaca pela dirigibilidade, mas preço é obstáculo perante os principais rivais

Como convencer o público que seu produto é bom e reverter uma imagem negativa que sua marca tem no mercado? Quem tiver a fórmula do sucesso pode enviar para a sede da Stellantis no Brasil, pois é disso que marca precisará para convencer quem está procurando por um SUV compacto a escolher o Citroën C4 Cactus.

Em seu primeiro ano cheio, 2019, o modelo vendeu 16.438 unidades, o que significa um pouco mais de 1.300 unidades mensais. O desempenho só foi suficiente para bater o primo Peugeot 2008, o Caoa Chery Tiggo 5X e o antigo Chevrolet Tracker.

No ano seguinte, em meio a pandemia, uma forte queda para 9.526 unidades. Com a nova geração do Tracker, o modelo só conseguiu vencer os outros dois citados. Este ano já são 7.302 unidades emplacadas, com bom crescimento de 43,4% no mês de junho em relação a maio.

Mas quais os predicados dos C4 Cactus para te convencer? O primeiro, sem dúvidas, é o desempenho. A versão avaliada, Shine Pack, utiliza o motor 1.6 THP com 166 cv quando abastecido com gasolina e 173 cv com etanol sempre a 6.000 rpm. O torque é sempre de 24,5 kgfm a 1.400 rpm. No caso da versão avaliada, o câmbio é automático de seis marchas.

Sendo os dados de fábrica, o modelo chega aos 100 km/h em 7,3 segundos, enquanto a velocidade máxima é de 212 km/h. Com isso, a condução é bem prazerosa e o desempenho, como provado é interessante.

O consumo não chega a ser um destaque, mas também não chega a ser uma preocupação. Segundo dados do Inmetro, o SUV faz 7,2 km/l na cidade com etanol e 8,9 km/l com gasolina. Os números na estrada vão para 10,4 km/l com o combustível vegetal e 12,6 km/l com o combustível derivado do petróleo.

Ainda falando da dirigibilidade, o C4 Cactus tem uma suspensão bem acertada. O conjunto filtra bem as imperfeições do solo, mas sem comprometer a estabilidade. E mesmo quando o motorista abusa um pouco da força do motor THP nas curvas, a carroceria não rola demais e nem há mudanças abruptas na distribuição de peso. A direção elétrica é levíssima, mas com boa progressão em velocidades mais altas.

O pacote de segurança do C4 Cactus é mais um argumento de compra. É bem verdade que alguns rivais já deram passos adiante, mas o Citroen possui sistema de frenagem automática, alerta de colisão, alerta de saída de faixa, alerta de condução, indicador de descanso, seis airbags e frio a disco nas quatro rodas.

O convívio dentro do C4 Cactus poderia ser melhor. Apesar de um revestimento macio no painel, o acabamento é apenas o esperado dentro desse segmento. Por outro lado, há poucos porta-objetos na cabine e os porta-copos são bem rasos, dificultando o uso. Apesar disso, a ergonomia é boa, os comandos estão ao alcance do motorista, inclusive a central multimídia.

Aliás, por falar em tecnologia, a central é boa, mas pode ser considerada básica atualmente, uma vez que rivais já possuem conexões com assistente virtuais e lojas de aplicativos nativa. A tela de sete polegadas sensível ao toque responde bem e possui os indispensáveis Apple CarPlay e Android Auto.

Outros itens incluem rodas de liga leve de 17 polegadas, volante com regulagem de altura e profundidade, painel de instrumentos digital, vidros elétricos, câmera de ré, piloto automático convencional, controles de tração e estabilidade, além de auxiliar de partida em rampa.

Outro ponto negativo do C4 Cactus é o espaço. A empresa escolheu dar mais atenção ao espaço da cabine, o que se comprova com os 2,60 metros de entre-eixos, mas o número por si só diz pouco, já que não dá para cinco pessoas viajarem com tanto conforto assim. Além diss, o porta-malas comporta apenas 320 litros, equivalente ao de um hatch compacto. 

No caso da versão avaliada, o preço sugerido é de R$ 127.990, mas com a pintura em dois tons vai para R$ 130.390 e pode chegar a R$ 135.754, caso adicione todos os opcionais. Entre os itens está o sensor de estacionamento e retrovisor com tilt down (abaixa quando a ré é engatada), além de itens de design e funcionalidades, como barras transversais no teto. Se ao olhar somente para o preço você já percebe que está caro, você está certo. E fica ainda mais claro quando colocamos em perspectiva.

Por cerca de R$ 130 mil é possível comprar modelos com melhor custo-benefício. Entre eles o novo Nissan Kicks, que entregará muito mais espaço e tecnologia que o C4 Cactus, mesmo que perca em desempenho. E caso essa seja sua preocupação, o Chevrolet Tracker 1.2 certamente atenderá de maneira similar.

Avaliação Profissional KBB
4 de 5
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