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Preço de carro usado: o que é desvalorização e depreciação?

Embora sejam comumente tratados como sinônimos, KBB Brasil explica que os conceitos são distintos na hora de determinar o valor de um carro usado

A Kelley Blue Book Brasil é especializada em precificação de veículos novos e usados e nós já demos diversas dicas para você, consumidor, fazer a melhor transação possível, seja para comprar um carro usado ou para conservar o seu valor para revendê-lo. Neste artigo, nós vamos ajudá-lo ou ajudá-la a entender melhor dois conceitos que fazem parte do cotidiano do mercado de carros usados, mas que comumente são confundidos, tratados como sinônimo ou até provocam polêmica, dependendo da situação e do modelo objeto de discussão: a desvalorização e a depreciação dos preços dos veículos usados. Existem diferenças entre os fenômenos e nós vamos explicá-las agora! 

O QUE É A DESVALORIZAÇÃO

O QUE É A DEPRECIAÇÃO

DOIS TIPOS DE DEPRECIAÇÃO

POR QUE TÊM RESULTADOS TÃO DIFERENTES?

Para a KBB Brasil ser a referência em pesquisa de preços de carros, nossa equipe trabalha diariamente lidando com a oscilação dos preços praticados no mercado, seja de veículos novos ou não. Nós cruzamos milhões de dados disponíveis em sites de classificados com outras fontes de transação e nesta apuração nós conseguimos identificar dois comportamentos de preços que configuram a taxa de desvalorização de um modelo e seu índice de depreciação

O QUE É A DESVALORIZAÇÃO

A metodologia usada para determinar a desvalorização leva em consideração um comportamento de preços que nós chamamos de "curva histórica". Através de cálculos estatísticos, podemos “prever” o quanto cairá o valor de um veículo no futuro. Tudo isso é possível, pois esta curva leva em consideração o comportamento de preços deste veículo dentro de cada geração. Isto é, analisando o passado, conseguimos prever uma taxa de desvalorização deste veículo para uma futura negociação. É preciso enfatizar que a desvalorização corresponde à geração de um modelo, ou seja, esta taxa não tende a mudar conforme a atualização do ano/modelo do veículo, a menos que ele passe por mudanças que caracterizem uma troca de geração. Nós explicamos melhor como se define uma troca de geração neste artigo

Desvalorização é uma taxa anual atual
Desvalorização é uma taxa anual atual

A parte que cabe à KBB Brasil é realizar este trabalho estatístico, mas a desvalorização é invariavelmente influenciada por fatores objetivos e subjetivos a respeito do modelo em questão. Entre estes quesitos, está a aceitação que ele possui no mercado, sua oferta e demanda, avaliação dos serviços de pós-venda da marca, liquidez no mercado de usados, origem (se é importado ou nacional), custos de manutenção, status da produção (se ele ainda está em linha ou se já foi aposentado), entre outros. Todos estes aspectos não podem ser quantificados, obviamente, mas influenciam a chamada "reputação" que o carro carrega, o que, levada ao limite, define sua taxa de desvalorização atual no mercado. É por isso que quanto mais antigo for um modelo, menor é a sua taxa de desvalorização anual, pois os preços não se deterioram na mesma proporção em todos os anos. Fosse assim, veríamos uma linha reta nos gráficos de comportamento de preço, não um curva, conforme o exemplo abaixo exemplifica. 

Exemplo de curva de desvalorização
Exemplo de curva de desvalorização

A taxa de desvalorização de um veículo é uma informação muito importante para quem pretende adquirir um automóvel ou comercial leve para adquirir, pois ela fornece uma base para que o consumidor saiba qual é a tendência de queda de preços deste veículo no futuro e corresponde, sempre, ao momento atual da análise. 

Portanto, não podemos dizer quanto um carro "desvalorizou" dentre um período de tempo, pois a taxa indica sempre um comportamento contemporâneo. Para aferir quanto um modelo perdeu ou ganhou valor num espaço de tempo específico é melhor analisar seu índice de depreciação. 

O QUE É A DEPRECIAÇÃO

A depreciação, por outro lado, segue a definição que a contabilidade traz para o conceito de "valor residual". Logo, trata-se da apuração do quanto um bem vale para ser revendido após um determinado período de tempo. No caso dos automóveis, é a depreciação que vai responder ao consumidor por quanto ele deveria comercializar o seu carro no mercado de usados.

Este fenômeno se diferencia da desvalorização por trabalhar com especificidades distintas, ainda que haja sobreposição de alguns aspectos mercadológicos que citamos anteriormente. Alguns desses fatores diferentes são a inflação, variação do dólar e a política de preços das fabricantes, que possuem menor peso na desvalorização, mas impactam direta e imediatamente os modelos usados. Por exemplo, se a Volkswagen decidir elevar demasiadamente o preço médio 0 km do Gol para o ano-modelo 2020, sem que haja troca de geração, este reajuste impactará diretamente os preços dos VW Gol usados que façam parte da mesma geração do modelo 0 km. Os preços são "puxados para cima" junto com os do 0 km. 

Toyota Hilux ficou valorizada pela depreciação de revenda em 2019
Toyota Hilux ficou valorizada pela depreciação de revenda em 2019

É esta influência direta que permite, inclusive, a valorização de algum modelo no mercado de usados. A Toyota Hilux teve o seu preço valorizado em 0,55% de janeiro a dezembro de 2019, conforme mostramos no nosso especial sobre os carros que mais e menos depreciaram no ano passado. Contudo, isto se refere à "depreciação de revenda", não à "depreciação de troca", conforme esclareceremos a seguir.

DOIS TIPOS DE DEPRECIAÇÃO

O conceito de depreciação pode ser dividido em duas subcategorias: a de revenda e a de troca. A primeira diz respeito ao índice pelo qual os lojistas estão revendendo o carro. É o preço de mercado que determinado modelo possui quando se torna um bem usado. Portanto, o cálculo é feito sobre o valor que o modelo tinha ao ser adquirido como 0 km versus o preço que as lojas e concessionárias estão revendendo este mesmo modelo após um período de tempo. Estes índices sempre serão menores do que a depreciação de troca, podendo até a serem positivos, como falamos há pouco. 

A depreciação de troca é aquela que a maioria dos consumidores sente na pele na hora de vender seu carro usado, pois se refere ao preço que os lojistas vão pagar pelo veículo, caso você decida revendê-lo para uma loja ou concessionária. São os famosos "-20%" que ouvimos tanto por aí. A KBB Brasil identifica este tipo de transação e pode fornecer, de maneira exclusiva, quanto os lojistas estão pagando por um modelo usado. Este índice de depreciação tende a ser maior que o de revenda, porque, ao fazer uma oferta pelo seu carro, o lojista deve levar em consideração uma série de custos extras que o consumidor não precisa arcar caso venda seu carro para outro particular. Entre estes custos, estão: impostos, custos com garantia (que eles são legalmente obrigados a dispor), gastos de manutenção da loja, salário dos vendedores, liquidez e, claro, sua margem de lucro. Nós entramos em mais detalhes sobre isso neste artigo

O conceito de depreciação se trata do valor residual do carro
O conceito de depreciação se trata do valor residual do carro
POR QUE TÊM RESULTADOS TÃO DIFERENTES?

Se você já se deparou com algum estudo da KBB Brasil sobre desvalorização e depreciação de veículos pode ter reparado que, na maioria das vezes, os números são bem díspares uns dos outros. É corriqueiro encontrarmos um modelo com baixa desvalorização e uma depreciação mais alta ou vice-versa. Isso acontece justamente por esta diferenciação metodológica que acabamos de explicar, além do fato que trabalhar com preços de carros usados não condiz com uma ciência exata. Com tantos fatores influenciando o comportamento de preços do mercado, os números comumente evidenciam cenários diferentes entre desvalorização e depreciação.

É como explicamos anteriormente: a desvalorização revela uma tendência de mercado para o futuro. Esta tendência pode não se concretizar ao longo do tempo e tal frustração seria detectada pela desvalorização eventualmente, mas é imediatamente revelada nos índices de depreciação, pois os dados coletados para aferi-la são presentes, já consolidados. Portanto, a disparidade entre desvalorização e depreciação, embora possa parecer confusa à princípio, é perfeitamente possível quando analisamos os movimentos da indústria. 

Agora que você já sabe a diferença entre os dois conceitos de preços de veículos, sua decisão acerca de qual modelo é o melhor negócio para você pode ser ainda mais apurada. Aproveite para usar o banner abaixo e começar agora a pesquisar os preços do carro que você quer comprar ou vender! 

 

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