Depois de meses de boatos, negativas e recusas de propostas, aparentemente a fusão entre a Fiat Chrysler Automobiles e Grupo PSA sairá do papel. A informação foi divulgada pelo jornal The Wall Street Journal.
O acordo entre as montadoras criaria uma gigante avaliada em cerca de US$ 50 bilhões. A ideia, segundo a publicação, é fazer a chamada fusão entre iguais, ou seja, combinando ações das empresas. Na prática, Carlos Tavares, diretor-presidente da Peugeot, seria o CEO da nova empresa, enquanto John Elkann, manteria o posto de presidente do conselho de administração.
Os papeis do grupo FCA, negociados na Bolsa de Nova York (NYSE), chegaram a subir 7,6% na máxima do dia. Mas fecharam em queda de 1,3%. Já as ações da PSA, negociadas na Euronext, subiram 0,2%. As duas empresas confirmaram a existência da negociação que promete criar "um grupo que figure entre os líderes mundiais da mobilidade".
A FCA tem uma relevante presença no mercado norte-americano e uma marca fortíssima no segmento mais quente do mercado, o de SUVs: a Jeep. A PSA é forte na Europa, onde conseguiu a proeza de, em apenas um ano, ter lucros com a Opel e com a Vauxhall, empresas compradas da GM. Que não conseguiu ter lucro com elas em 20 anos... A ideia, portanto, seria unir o que cada uma delas tem de melhor para, como sonhava Marchionne, ter uma fabricante que entregue mais de 6 milhões de unidades por ano. Era, segundo o executivo, a única forma de ter certeza do sucesso da operação.