Nós, ou melhor, a Kia antecipou parte dele (a de cima) em 23 de novembro, mas o Salão de Los Angeles tratou de mostrar o restante do Kia Soul a seus fãs. Enquanto muitos odiaram o estilo do novo modelo, outros o acharam o melhor de toda a história do carro, o que mostra que "polarizador" talvez seja o adjetivo mais adequado ao design da terceira geração. O que não trará polêmica é o novo conjunto mecânico do carrinho, que evoluiu em todos os sentidos.
O novo Kia Soul 2020 tem 4,20 m de comprimento, 1,80 m de largura, 1,60 m de altura e 2,60 m de entre-eixos. O motor de entrada, distante do 1.6 que conhecemos na primeira e mesmo na segunda gerações, é um 2.0 de 149 cv e 18,3 kgfm, casado com um câmbio de 6 marchas ou com um CVT que a Kia chama de IVT (Intelligent Variable Transmission), ou transmissão inteligentemente variável. O motor que fará a alegria dos apaixonados pelo "carro design" é outro 1.6, mas com injeção direta e turbo, como o usado pelo Hyundai Tucson. Ele oferece 204 cv e 27 kgfm de torque, comandados pelo mesmo câmbio automatizado de dupla embreagem com 7 marchas do primo crossover.
Como os tempos são de elétricos, o Soul também terá sua versão apenas com baterias, a EV. Com um pacote de 64 kWh, o mesmo usado na versão mais cara do Kona EV, ele deverá ter uma autonomia próxima dos 500 km. Com um torque de 40,3 kgfm e 204 cv de potência, o Soul EV deverá vender um bocado na Califórnia, ainda que ele seja um elétrico adaptado, que usa a mesma solução do Mercedes-Benz EQC, com o motor elétrico sob o capô. Provavelmente pelas mesmas razões de ganho de escala. O Soul a bateria também começa a ser vendido no exterior no ano que vem. Com a recente invasão de elétricos ao Brasil, a Kia talvez também se anime a vender essa versão por essas bandas.
