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Tecnologia ACCT promete salvar motores diesel em até dois anos

Sistema desenvolvido pela Loughborough University, do Reino Unido, elimina óxidos de nitrogênio completamente

A morte dos motores diesel talvez tenha sido decretada com afobação. Isso porque, ainda que seja um gerador importante de óxidos de nitrogênio (NOx), que afetam a respiração humana diretamente, eles também estão entre os motores mais eficientes do ponto de vista energético. Em outras palavras, eles fazem o dinheiro do dono do veículo render mais e ainda emitem menos gás carbônico, que agrava o efeito estufa e contribui para o aquecimento global. Se houvesse um modo de manter a eficiência deles e diminuir os óxidos de nitrogênio, os diesel não teriam nem sido protagonistas do maior escândalo ambiental dos últimos tempos: o Dieselgate. Pois cientistas da Loughborough University, do Reino Unido, alegam que conseguiram não apenas diminuir, mas sim eliminar as emissões de NOx com o que eles chamam de ACCT (Ammonia Creation and Conversion Technology, ou tecnologia de criação e conversão de amônia). E a parte boa é que o sistema não reinventa a roda, mas sim utiliza elementos já presentes hoje em veículos diesel, como o SCR (Selective Catalytic Reduction, ou Redução Catalítica Seletiva) e o ARLA (Agente Redutor Liquido de Óxido de Nitrogênio Automotivo), chamado no Reino Unido de AdBlue.

Revelada ao mundo em março de 2017, a tecnologia não é exatamente nova, mas ainda é pouco conhecida. E o que ela faz é permitir que o SCR atue mesmo em baixas temperaturas, algo que o SCR, sozinho, não faz. Em outras palavras, o ACCT padroniza o desempenho do sistema. E faz isso ao criar um "fluido ACCT" sob condições estritamente controladas em uma câmara montada no escapamento dos veículos. E esse fluido é altamente eficiente em qualquer condição de uso do veículo, sob qualquer temperatura. Em testes preliminares, feitos em um taxi Skoda, o ACCT conseguiu reduzir os NOx em 98%. O SCR comum consegue, na melhor das hipóteses e em motores Euro 6, chegar a uma eficiência de 60%. E vale dizer que o ACCT não havia sido otimizado para o veículo.

Criada pelo pesquisador Jonathan Wilson e conduzida pelo professor de diagnósticos ópticos Graham Hargrave, a pesquisa sobre o ACCT já estaria nos estágios finais, segundo reportagem da revista britânica Autocar, e já em discussão com fabricantes para colocar a tecnologia no mercado em cerca de dois anos. "Sentimos que precisamos de um grande fornecedor em vez de apenas um fabricante de veículos", disse Hargrave à reportagem. Tudo aponta para a Bosch, especialista em motores diesel, mas também envolvida no Dieselgate.

Vendida a baixo custo e aparentemente não tão complexa que inviabilize sua aplicação, a ACCT será especialmente interessante para veículos pesados, que não têm perspectiva de curto prazo para abandonar esse tipo de motorização a não ser o Tesla Semi, um caminhão totalmente elétrico ainda em desenvolvimento. Mas que pode chegar ao mercado no mesmo prazo que a ACCT. E pensar que o motor diesel que roda com etanol, da Scania, já resolveria a parada de maneira muito satisfatória...

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