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Avaliação KBB™ - Nissan Kicks S MT

Versão manual do Kicks mostra méritos expressivos, mas o preço não a ajuda

O Nissan Kicks foi lançado mundialmente no Brasil, mas era produzido no México. Só podia vir em cotas muito limitadas, uma das coisas que fizeram a marca lançar primeiro a versão mais cara do crossover compacto, a SL. Exclusivamente vendida com câmbio CVT. A produção em Resende, no Rio de Janeiro, permitiu que a marca passasse a oferecer uma versão mais em conta, vendida a R$ 70.500, na época de sua apresentação, em maio do ano passado. Com câmbio manual em vez do CVT. Atualmente comercializada por R$ 72.990, a versão S MT pode vir também com o Pack Safety, que inclui controle de estabilidade e tração e assistente de partida em rampa e tem preço sugerido de R$ 74.190. Foi nessa configuração que finalmente avaliamos o modelo com a transmissão de entrada. E respondemos à maior questão que o envolve: será que o câmbio manual o deixa mais legal de dirigir?

 

Você gostará do Kicks S MT se…

Aqueles que não são obrigados a ficar muito tempo no trânsito, ou que simplesmente gostam mais de ter um modelo com câmbio manual, ainda que no para e anda das grandes cidades, certamente gostarão muito mais do Kicks em sua única versão manual. Com ela, é possível explorar a pouca potência do motor 1.6 de um modo que ele nem parece tão insuficiente para o peso (baixo) do crossover. O acabamento mais simples, com rodas de aço, não compromete a boa experiência de dirigir que o Kicks S oferece.

Nissan Kicks S MT

Talvez você não curta muito…

Quem procura um crossover compacto para caber no bolso, mas também com um certo nível de requinte, ficará decepcionado justamente com as rodas de aço com calotas ou com o sistema de som do modelo, sem central multimídia. O Kicks é "S" porque é simples, algo que tanto pode ser positivo quanto negativo, dependendo das expectativas de quem o comprar.

O que tem de novo em 2018

A linha 2018 do Kicks foi justamente a que trouxe a produção nacional e a opção de versões menos equipadas, mas vendidas a preços mais camaradas. A versão mais cara, a SL, continua com o mesmo nível de equipamentos a não ser pelo alerta de colisão com assistente inteligente de frenagem, opcional no Pack Tech.

Dirigindo o Kicks S MT

Que nos desculpe quem prefere o conforto de um câmbio automático nas grandes cidades, mas o Kicks, pelo menos com o atual motor 1.6, fica muito melhor de dirigir com câmbio manual. Com embreagem leve, ele só cansará os motoristas de táxi que eventualmente resolverem comprá-lo para a praça, mas o uso de um motorista comum tende a ser recompensado, especialmente para quem pega muita estrada. É ali que o modelo manual mostra suas maiores virtudes.

Nissan Kicks S MT

Pode esquecer eventuais demoras em ultrapassagens, como as que experimentamos ao dirigir o Kicks S CVT. Basta reduzir as marchas com a boa caixa da Nissan, que traz engates precisos, ainda que um pouco longos, e explorar o 1.6 da maneira que você preferir. É inegável que um motor mais forte, como o 1.8 do Honda HR-V ou mesmo o 2.0 do Hyundai Creta cairiam muito melhor ao crossover, mas não é nada que comprometa.

Novamente, vale elogiar a excelente suspensão do Kicks. Ela é confortável em pisos ruins e firme em curvas, evitando que a carroceria aderne mais do que o conveniente em curvas mais rápidas. É muito bem ajustada para o Brasil e um dos crossovers compactos de melhor comportamento dinâmico à venda atualmente no país.

Nissan Kicks S MT

Se há algo a criticar em relação ao Kicks é o fato de seu motor demorar a esquentar em dias frios. Com isso, qualquer tentativa de subir uma rampa (para sair da garagem de seu prédio, por exemplo) fará com que o carro morra. Ou com que você queime um bocado de embreagem, mesmo apenas com o motorista a bordo. Mais uma prova de que o motor 1.6 pode até dar conta do recado, mas que o Kicks merecia um motor mais forte. Talvez o elétrico que o sistema e-Power pode colocar sob seu capô.

Sacadas inteligentes

A melhor sacada do Kicks é pesar pouco, o que torna seu consumo de combustível baixo e permite que o motor 1.6 engane bem em termos de desempenho. Mas é só.

Detalhes do Kicks S MT

Interior

Como é padrão da Nissan, o acabamento do Kicks é muito bem feito. As peças se encaixam sem grandes vãos e parecem firmemente instaladas, sem dar margem a barulhos que nosso piso lunar normalmente faz surgir com algum tempo de uso. Apesar da simplicidade, o estilo é limpo, descomplicado... Simples no melhor sentido da palavra. Só fazem falta comandos iluminados dos vidros, que ajudam quem ainda não está habituado com o carro a encontrá-los no escuro. Ou mesmo àqueles que não os usam com frequência. É um dispositivo simples e que faz bastante falta.

Nissan Kicks S MT

Exterior

Ainda que tenha caído no gosto dos consumidores, o estilo é um dos pontos polêmicos do Kicks. Há quem ame, há quem odeie. Muitos dos elementos criticados são exatamente os que o tornam mais econômico, como o desenho aerodinâmico dos faróis.

Equipamentos

De série, o Kicks S traz o básico na lista de exigências da clientela atual: ar-condicionado, direção elétrica, travas, retrovisores e vidros dianteiros e traseiros elétricos, rádio com Bluetooth e MP3 e é só. Com o Pack Safety, que já mencionamos, ele fica com o que deveria ter de série em termos de segurança. Airbags laterais, como os exibidos pelo Renault Captur, também seriam muito bem-vindos.

Sob o capô

Ainda não há opção para o Kicks que não o motor 1.6 de quatro cilindros em linha, 16V e duplo comando no cabeçote (por corrente) variável na admissão e no escape. Potência e torque são os mesmos com etanol e gasolina, uma mania da Nissan desde os tempos do primeiro Sentra: 114 cv a 5.600 rpm e 15,5 kgfm a 4.000 rpm. Apesar de contar com o sistema Flex Start, que dispensa a necessidade de um tanquinho de partida a frio, o motor apresenta o problema de demorar a esquentar, como já mencionamos.

Nissan Kicks S MT

Sobre o preço

Vendido a R$ 74.190, o Kicks fica em certa desvantagem diante de seu maior concorrente nessa faixa de valor, o Ford EcoSport SE. Equipado com um motor teoricamente menor, o 1.5 Dragon, o Eco, na prática, tem um comportamento muito mais esperto que o do Nissan. E, por R$ 76.690, ele já vem com rodas de liga leve, controle de tração e estabilidade de série, sistema anticapotamento e uma central multimídia de primeira linha, a SYNC 3. E era ainda melhor antes da linha 2019, com a oferta de 7 airbags em vez dos 2 obrigatórios até a Ford achar que podia oferecê-los apenas em algumas versões do carro em vez de em todas elas. Em compensação, o Kicks tem concepção mais moderna, muito mais espaço interno e uma tampa traseira que dispensa o estepe pendurado. Se é um elemento de estilo que muita gente preza, e que pode ajudar no acesso ao estepe em caso de furos, a solução também expõe o pneu aos "amigos do alheio" e torna mais difícil o acesso ao porta-malas. Que também é menor que o do Nissan.

De todo modo, para que a versão manual do Kicks pudesse realmente ser aproveitada pelos clientes, ela deveria custar menos. Ou pelo menos se equiparar ao EcoSport em termos de equipamentos. Como está, ela fica em franca desvantagem, apesar de ser muito mais legal de dirigir que a versão CVT.

Ficha técnica

Modelo Nissan Kicks S MT
Motor dianteiro, transversal, de quatro cilindros, com quatro válvulas por cilindro, comando variável na admissão e no escape, 1.598 cm³
Potência 114 cv  (E ou G) a 5.600 rpm
Torque 15,5 kgfm (G ou E) a 4.000 rpm
Câmbio Manual de 5 marchas
Tração Dianteira
Freios (d/t) Discos ventilados / tambores
Suspensão (d/t) Independente, McPherson / eixo de torção
Dimensões (C/L/A) 4,30 m / 1,76 m / 1,59 m
Entre-eixos 2,62 m
Peso 1.109 kg
Porta-malas 432 litros
Avaliação Profissional KBB
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