A linha 2022 da Fiat Toro trouxe diversas novidades, sendo a principal delas o motor 1.3 turboflex. A picape também ganhou equipamentos e se movimentou para antever a futura concorrência, uma vez que a Ford Maverick está chegando e há promessas de outras rivais de marcas tradicionais.
No entanto, mesmo com o novo motor, a empresa manteve o 2.0 turbodiesel, que está presente em todas as versões. No entanto, Ranch e Ultra utilizam exclusivamente esse propulsor. No entanto, será que essa motorização ainda faz sentido? Avaliamos a configuração Ranch, que já ultrapassou os R$ 200 mil para responder essa dúvida - R$ 201.890, extamente.
Visualmente, a Toro Ranch é a configuração que mais se inspira nas picapes americanas no estilo RAM. Para isso, se vale da grade com visual mais agressivo e de diversos cromados. A moldura da grade é grossa e com o material brilhante, bem como o logo script da Fiat.
Na lateral, retrovisores, molduras da janela, maçanetas e estribos adotam o cromado. Há ainda frisos nas portas, bem como o santantonio e rack de teto com materiais brilhantes. Na traseira, o acabamento se repete na ponta da caçamba, bem como nos logos que identificam o modelo, versão, marca e tração.
Além da evolução no interior e na motorização flex, o interior também apresentou muitas novidades. O acabamento está melhor e, apesar de não utilizar materiais macios como nos Jeep Renegade e Compass, possui texturas e matérias diversos. Essa versão se destaca pelos bancos em couro marrom, material também presente nas portas, além de um plástico imitando madeira na porção central do painel. O número de porta-objetos aumentou substancialmente. Segundo a Fiat, a Toro ganhou 26 litros em porta-objetos em relação ao modelo anterior.
Há dois porta-copos de até 700 ml no console central, além de outros dois na porção central do banco traseiro. Nas portas e painel também há diversos novos compartimentos. Isso tornou a picape mais versátil e com interior mais fácil de se conviver, com lugares para colocar itens do dia a dia, como celular e carteira.
Em movimento, a Toro é quase a mesma do que já vimos. O porte é adequado para a cidade, longe do incômodo que é rodar com uma picape média. No entanto, há ainda falhas, claro. A principal delas é na hora de estacionar, uma vez que o raio de giro, que a Fiat disse ter tido melhorias, ainda é bem ruim. Outro detalhe que pode ser aprimorado é a sensibilidade do sensor de frenagem de emergência, além de escandaloso (propositalmente para chamar atenção do motorista), o sistema é constantemente acionado quando há redução de velocidades próximas a uma lombada, por exemplo.
Equipamentos
A lista de equipamentos é longa. Em termos de segurança, a Toro Ranch tem 7 airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partirda em rampa, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, faróis e lanternas em LED, frenagem automática de emergência, farol-alto automático e alerta de saída de faixa com alerta pelo volante.
No quesito tecnologia, a Toro se arma com painel digital de sete polegadas, além de central multimídia de 10,1 polegadas montada na vertical com Apple CarPlay e Android Auto sem fio, além de comandos externos através do sistema Connect Me, que permite chamadas de emergência, recuperação em caso de roubo e conexão com assistentes virtuais.
Entre as comodidades há sensores de chuva, acendimento automático dos faróis, retrovisores com rebatimento elétrico, teto solar, retrovisor antiofuscante, chave presencial, ar-condicionado automático de duas zonas e outros.
Para quem a Toro Ranch faz sentido?
Além do visual que pode ser considerado mais sofisticado pelos fãs da Toro, a versão Ranch é equipada com o conhecido motor 2.0 turbodiesel com 170 cv e 35,7 kgfm de torque. O mesmo que equipava o Renegade, mas ainda se faz presente nos Jeep Compass e Commander.
Esse propulsor garante bom desempenho, mesmo a Toro Ranche pesando 1.871 kg. O 0 a 100 km/h é feito na casa dos 10 segundos, segundo a Fiat. O consumo é de 9,9 km/l na cidade e 12,3 km/l na estrada, segundo o Inmetro. O primeiro número não entra tanto na conta do futuro comprador, mas o consumo certamente é algo que chama atenção, ainda mais com a gasolina consideravelmente mais cara que o diesel.
No entanto, faz mais sentido para quem precisa de valentia fora de estrada, uma vez que apenas as configurações com motor diesel possuem o câmbio automático de nove marchas com tração 4x4. Outro ponto que chama atenção de quem escolhe pelas versões diesel é a capacidade de carga. As configurações com motor flex levam 670 kg, enquanto a Ranch pode carregar uma tonelada. É apenas 108 kg a menos que a Chevrolet S10, por exemplo.
Tenha em mente que a Fiat cobra muito mais caro dos proprietários das versões diesel. E não estamos falando apenas dos R$ 200 mil do preço de compra, quando comparamos a manutenção, também percebemos o acréscimo. As seis primeiras revisões para o motor flex custam R$ 4.436 contra R$ 7.972 da configuração diesel.
