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Avaliação KBB - Renault Sandero Expression 1.6 SCe

Agora equipado com o moderno motor 1.6 SCe e com stop-start, o Sandero Expression é um dos carros mais honestos do mercado brasileiro

Até a chegada da dupla Logan e Sandero, a Renault vivia tempos difíceis no Brasil. A maior parte de seus produtos teve momentos de boas vendas, mas eles passavam rapidamente. Só o sedã e principalmente o hatch trouxeram à marca boas vendas de forma estável. Não à toa: os dois oferecem espaço de modelos médios a preço de compactos. O que não é desculpa para descansar, ainda mais com uma concorrência cada vez mais aguerrida. Foi em boa medida por isso que a Renault deu aos modelos os novos motores SCe, com um moderno 1.0 de 3 cilindros e um 1.6 que, além de bem disposto, vem também com sistema stop-start de série. O que economiza bastante combustível.

 

Tivemos a oportunidade de avaliar a versão Expression do novo Sandero 1.6 SCe, aliando a aparência mais agradável da segunda geração do carro com uma construção mais bem cuidada e a eficiência de uma motorização moderna.

Você gostará do Sandero 1.6 se…

O Sandero é voltado a quem procura espaço a baixo custo. Desde sempre, o que torna qualquer uma de suas versões de acabamento e de motorização ideais para famílias são o bom porta-malas, de 320 litros, e o entre-eixos de 2,59 m, bem maior que o dos concorrentes diretos.

Com um motor 1.6 de 118 cv e 16 kgfm, o pacote fica ainda mais interessante. O motor 1.0 de 3 cilindros até pode ser valente, mas nunca deixará de ser um 1.0, adequado para o tráfego urbano, mas insuficiente para muitas situações nas estradas. Ainda mais pela forma como os veículos chegam às rodovias: carregados de gente e de bagagens.

Outro aspecto interessante do Sandero 1.6 é o sistema stop-start, que desliga o motor em situações de trânsito pesado. A economia de combustível, especialmente com o uso do etanol, é significativa.

Talvez você não curta muito…

Muita gente torce o nariz para o acabamento do Renault. Exagero, já que ele não tem luxo, mas a construção é honesta e bem feita.

A suspensão, ainda que bem acertada, é algo anestesiada, assim como a direção, que demora a voltar à posição correta. O que mostra que o Sandero ou usa pouco cáster, para ter uma direção mais leve, ou tem pneus mais largos do que deveria.

No porta-malas, faz falta algum dispositivo de abertura. É preciso usar a chave mesmo que as portas tenham sido destravadas.

Por fim, dois reparos ligados ao motor do Renault. O primeiro é que o 1.6 SCe ainda usa tanquinho de partida a frio em vez do sistema de pré-aquecimento do etanol, muito mais prático. O segundo é o fato de o sistema stop-start desliga o sistema de ar-condicionado. Se o congestionamento for muito cruel em um dia quente, será melhor desativar essa funcionalidade.

O que tem de novo em 2017

A linha 2018 do Sandero ainda não foi apresentada. Espera-se que ele receba uma reestilização, na mesma linha da que foi apresentada no Salão de Paris de 2016, mas com adaptações ao gosto do consumidor brasileiro. Quando ela chegar, espere por lanternas traseiras fumê, com uma nova disposição dos elementos de iluminação. Na dianteira, as diferenças devem ficar por conta de novos faróis e grade dianteira, enquanto o interior também deve receber melhoramentos, em especial um volante de quatro raios com comandos, que poderá aposentar a tradicional alavanca de comandos do rádio dos Renault.

Dirigindo o Sandero 1.6

Apesar de grande, o Sandero é um carro relativamente leve: pesa apenas 1.053 kg. É exatamente igual ao do Hyundai HB20 1.0 Turbo e que o do finado Ford Fiesta 1.6 Zetec Rocam, ambos bem menores do que o Renault. É por isso que o Sandero com motor 1.0 já agrada. O mais forte se sai ainda melhor nos deslocamentos.

Para começar, porque o motor responde prontamente mesmo em baixas rotações. É um comportamento inesperado para um motor com 4 válvulas por cilindro, que costuma responder melhor em altas rotações. Culpa do duplo comando de válvulas variável, que consegue dar mais torque em baixos giros.

Não é preciso pisar muito no pedal da direita para o Sandero ganhar velocidade. Diz a Renault que o novo motor o tornou até 21% mais econômico do que o Sandero 1.6 anterior. Provavelmente também pela mudança de comportamento, muito mais ágil que o do motor que o SCe substitui.

A suspensão é uma das mais confortáveis entre os concorrentes, mas peca por filtrar demais as imperfeições. Se isso dá a impressão de não ser negativo, reflita conosco: um carro que parece rodar por um piso melhor do que o que realmente enfrenta pode dar confiança além da recomendável ao motorista. Quem sofre com isso é o próprio carro e seus componentes, como pneus e rodas. Outro perigo é o Sandero não avisar devidamente sobre derrapagens e outros problemas com aderência.

Os freios têm um nível de assistência correto, talvez até abaixo do que a oferecida pelos competidores. Isso faz com que seja preciso pisar mais fundo para parar completamente, um tom ou dois mais alto do que o de modelos equivalentes.

Como já mencionamos, a direção não é ágil. E demora um pouco a retornar a sua posição inicial em algumas curvas. Nosso palpite é que o Sandero usa pouco cáster, o que torna sua direção muito mais leve, mas também mais imprecisa.

Sacadas inteligentes

Não há nada no Sandero que fuja muito ao convencional a não ser pela central eletrônica mediaNAV. A grande sacada do modelo é de conceito, como já explicamos. Em outras palavras, o fato de ele ser um modelo médio vendido a preço de pequeno.

Detalhes do Sandero Expression

Interior

Apesar de simples, o interior do Sandero é bem construído, com plásticos de boa qualidade, sem rebarbas. O ar-condicionado é manual e os comandos dos vidros ficam em lugar adequado, nos puxadores das respectivas portas. Opcional, o sistema mediaNAV fica instalado no alto do painel, local que proporciona visibilidade bastante razoável. A do Duster e a da Duster Oroch, por exemplo, ficam quase à frente da alavanca de câmbio. Ou você olha para ela ou para a rua.

Exterior

Com a chegada de sua segunda geração, o Sandero deixou de ser um carro de estilo único para se tornar um Logan hatchback. Se isso tirou um pouco de sua personalidade, também deu ao modelo uma aparência mais harmoniosa e sólida. Com vincos fortes sobre as caixas de roda dianteiras e traseiras, este Renault parece musculoso, algo que cai melhor à versão R.S.

Equipamentos

O Sandero Expression vem de série com direção eletro-hidráulica, stop-start, ar-condicionado, travas elétricas nas quatro portas e vidros com comando elétrico apenas nas dianteiras. Ainda fazem parte do recheio sistema de som, computador de bordo, limpador e desembaçador da vigia traseira e regulagem de altura para banco, coluna do cinto e volante. Opcionalmente, é possível comprar o veículo com a central mediaNAV, que já citamos, e com sensores de estacionamento traseiros.

Sob o capô

O motor 1.6 SCe é uma versão Renault para o bom motor Nissan HR16DE, o mesmo usado por March, Versa e Kicks. Nestes modelos, porém, ele vem com pré-aquecimento do etanol para partidas a frio, enquanto o Sandero mantém o tanquinho de gasolina para a tarefa. Se essa é uma desvantagem, pelo menos a Renault aproveitou melhor o motor, tirando dele mais potência do que ele desenvolve sob os capôs nipônicos. São 118 cv com etanol e 115 cv com gasolina, sempre a 5.500 rpm. O torque é igual com os dois combustíveis: 16 kgfm a 4.000 rpm. Nos Nissan, o motor rende 114 cv no melhor dos casos (o do Kicks) e 15,5 kgfm.

Sobre o preço

Vendido a R$ 51.950, o Sandero SCe é um dos carros mais honestos de seu segmento. Não só pelo ótimo espaço interno, mas também pelo nível de equipamentos e pelo motor bem disposto. Quem tem família grande, pega estrada com frequência e quer conforto para a viagem e tranquilidade para as ultrapassagens não terá nada mais em conta para escolher. Há opções mais sofisticadas? Sem sombra de dúvidas. Mas elas cobram um bocado a mais. São fatores que explicam bem a boa posição do hatchback no mercado nacional. E que nos deixam em dúvida sobre por que ele não vende até melhor.

Avaliação Profissional KBB
3 de 5
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