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Polêmica - Carlos Ghosn diz que Aliança Renault-Nissan foi a maior do mundo em 2017

Grupo vendeu 10,6 milhões de unidades. Volkswagen vendeu 10,74 milhões, mas incluiu 200 mil caminhões na conta

A Volkswagen anunciou que vende 10,74 milhões de veículos em 2017, o que faria dela a maior fabricante de automóveis do mundo em 2017. Mas há quem conteste o título. Foi isso que Carlos Ghosn, chefão da Aliança Renault-Nissan, disse em uma entrevista nesta quarta. Segundo a Reuters, Ghosn disse que a Volkswagen só conseguiu chegar a este número porque somou 200 mil caminhões da Scania e da MAN à conta, algo que o grupo dele não faz. Não faz, vale dizer, porque não pode. A Renault Trucks, por exemplo, é hoje uma das marcas do Volvo Group. Que não é dono da Volvo Cars (esse mundo automotivo...).

A disputa para ser a maior fabricante do mundo era tradicionalmente travada entre Toyota e Volkswagen. A marca japonesa ainda não fechou seus números, mas disse que esperava algo em torno de 10,35 milhões de unidades, chegando a 10,5 milhões em 2018. Vale dizer que, para isso, a Toyota soma os números de vendas da Lexus e da Daihatsu, além dos da Hino, sua marca de caminhões. Trocando em miúdos, todo mundo que fabrica caminhões usa estes veículos nas contas. 

Para convencer o mundo de que foi realmente o maior fabricante em determinado período, Ghosn precisará melhorar as vendas de suas marcas ainda mais. Especialmente na China, que tem sido o maior mercado de quase todas as fabricantes, em especial da Volkswagen. Além de Nissan e Renault, o grupo ainda inclui Lada e Mitsubishi. Recursos retóricos só funcionam com quem se esforça para acreditar.

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