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Ex-chefão da Fiat quase trouxe BYD ao Brasil para vender clone do Corolla

Antes de fazer sucesso com elétricos, marca chinesa quase desembarcou no país com modelos inspirados em carros da Toyota

A BYD superou a Tesla e terminou 2023 como a marca que mais vendeu carros elétricos no mundo. No Brasil, a fabricante chinesa ficou na vice-liderança do mercado de veículos leves eletrificados, perdendo apenas para a Toyota no ranking de emplacamentos dessa categoria.

Atualmente em ascensão no país e prestes a iniciar a modernização da antiga fábrica da Ford, em Camaçari (BA), para começar a produzir carros e baterias, a BYD quase chegou ao Brasil há mais de uma década por meio de um grupo de concessionárias da própria marca do oval azul.

Sediado em Santo André (SP) e com concessionárias Ford também em São Bernardo do Campo e na capital paulista, o extinto grupo Sandrecar tentou comercializar carros da BYD no Brasil entre 2010 e 2011.

Para testar os veículos em um campo de provas no interior de São Paulo, a Sandrecar chegou a trazer engenheiros chineses para acompanhar o processo de homologação. O negócio, que também envolvia um grupo de investidores e a própria BYD, ficou inviável após o governo brasileiro anunciar o Inovar-Auto.

O regime automotivo, que vigorou entre 2013 e 2017, tinha como objetivo incentivar a indústria automobilística nacional. Uma das premissas do programa era aumentar a alíquota de veículos importados para 30%, para estimular a produção local. Com isso, carros da BYD ficariam mais caros e, consequentemente, perderiam o seu principal apelo de compra: a relação custo-benefício em relação aos modelos brasileiros similares.

Ex-chefão da Fiat estava por trás do negócio

O grupo Sandrecar teve como sócio majoritário o empresário italiano Pacifico Paoli, que foi presidente da Fiat do Brasil entre 1990 e 1995. Entre os feitos de Paoli à frente da fabricante estão os lançamentos dos modelos Tempra, Tipo e Uno Turbo, além de elevar a Fiat da quarta para a segunda posição do ranking de vendas durante o período em que foi superintendente.

De acordo com notícias da época, Paoli teria sido demitido pela matriz da marca italiana pelos frequentes conflitos com a rede de concessionários no Brasil. Fato é que, após deixar o comando da fabricante, Paoli decidiu iniciar a atividade de concessionário Fiat antes de adquirir a Sandrecar.

Foto: ARC Construções

Em 2000, o empresário criou o site automotivo Carsale, que viria a ser uma das primeiras plataformas de notícias e vendas online de veículos do Brasil. A publicação foi encerrada em 2021 após resistir durante anos em dificuldades financeiras.

A reportagem da KBB Brasil tentou entrar em contato com Paoli, mas não conseguiu falar com o empresário, que vive na Itália.

Subcompacto e clone do Corolla

Entre os carros trazidos para os testes no Brasil, estava o subcompacto F0. Caso fosse lançado, teria sido o primeiro carro equipado com motor 1.0 de três cilindros do país. Medindo apenas 3,46 metros de comprimento, o F0 era cerca de 10 cm mais curto que um Fiat Mobi. De proposta urbana, o chinesinho era movido por um propulsor de 68 cv de potência.

Os sedãs médios eram a bola da vez em um tempo em que os SUVs ainda não eram tão desejados. Por isso, Sandrecar e BYD decidiram testar o F3, uma cópia descarada do Toyota Corolla de nona geração. Esse modelo era equipado com um motor 1.5 a gasolina de 100 cv.

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