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Fiat Pulse Abarth chega por R$ 149.990 com boa dose de veneno

Versão esportiva do SUV compacto é equipada com motor de 185 cv e mecânica toda revisada

Cerca de três meses depois do nosso primeiro contato, durante uma volta de carona no Autódromo de Interlagos com o interior do carro disfarçado, a KBB Brasil teve a oportunidade de conhecer os detalhes e dirigir o aguardado Fiat Pulse Abarth, que estreia por R$ 149.990 (R$ 154.731 no estado de São Paulo).

Primeiro Abarth desenvolvido fora da Europa

Além de ser o primeiro SUV da história da divisão esportiva da Fiat, o Pulse Abarth também é o primeiro carro da grife desenvolvido na América do Sul. Para entregar desempenho e dirigibilidade de um esportivo legitimo, o SUV compacto baseado no Argo sofreu profundas alterações mecânicas.

A mais importante delas é a adoção de um motor mais potente. O propulsor escolhido é o GSE 1.3 turboflex com injeção direta, que também equipa a picape Toro e os Jeep Renegade, Compass e Commander. No Pulse Abarth, o propulsor recebeu uma calibração específica no mapa do acelerador para priorizar o desempenho, embora tenha mantido os 185 cv de potência e 27,5 kgfm de torque.

O câmbio automático de seis marchas também é o mesmo utilizado nos SUVs maiores, porém com um acerto mais agressivo para favorecer arrancadas e retomadas. Segundo a Fiat, o SUV acelera de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos e atinge velocidade máxima acima de 215 km/h quando abastecido com etanol.

Para lidar com o maior desempenho com segurança, o Pulse Abarth teve as suspensões totalmente revistas. Apesar de manter as concepções do tipo McPherson, na dianteira, e eixo rígido, na traseira, o SUV recebeu amortecedores e molas mais 12% firmes e barra estabilizadora de maior diâmetro. Os freios, embora sejam a disco apenas nas rodas dianteiras (a tambor na traseira), foram redimensionados para conter o carro com eficiência nas frenagens mais fortes.

A direção elétrica também recebeu ajuste mais direto, enquanto os controles de estabilidade e tração têm uma programação mais permissiva, de modo que o carro fica mais “na mão” do motorista em situações de pista. No entanto, as assistências eletrônicas não podem ser totalmente desligadas.

Primeiras impressões: SUV é bom de pista

Como um bom esportivo, o SUV começa a chamar a atenção pelo visual, exibindo vistosas rodas de liga leve de 17 polegadas pintadas de preto, calçadas em pneus de medidas 215/50 R17. A grade frontal com acabamento preto brilhante e emblemas da Abarth no lugar dos logotipos da Fiat e os para-choques com fendas laterais para a entrada de ar são idênticos aos do “irmão” Fastback. Na traseira, o escapamento com ponteira dupla de três polegadas e o difusor na parte inferior do para-choque são os diferenciais estéticos em relação às versões mais pacatas do Pulse.

Os adesivos laterais com a inscrição Abarth podem ser nas cores vermelha (nas carrocerias branca e cinza) ou preta (quando o carro é vermelho). Se o comprador optar pelo Pulse Abarth preto, ele pode escolher pelas faixas nas tonalidades vermelha ou cinza.

Por dentro, o Pulse Abarth também lembra o Fastback, com exceção da ausência dos emblemas da Fiat, substituídos pelo logotipo do escorpião da Abarth. De resto, é quase tudo igual: volante de base achatada, ar-condicionado automático digital, chave presencial, central multimídia de 10,” com Android Auto com Apple CarPlay, carregador de celular por indução e o console central com freio de estacionamento eletrônico com função Auto Hold (mantém o carro parado mesmo quando o motorista tira o pé do freio). 

Na parte de segurança, há frenagem autônoma de emergência, alerta de permanência em faixa, faróis de LED com acendimento automático do facho alto, sensor de chuva e airbags frontais e laterais - bem que poderia ter as bolsas infláveis de cortina para elevar o nível de proteção dos ocupantes em caso de acidente.

Mas o Pulse Abarth traz alguns toques exclusivos nas costuras duplas vermelhas dos bancos revestidos de couro e no grafismo do painel digital de 7”, que conta com um medidor de pressão do turbo ao lado do conta-giros.

A posição de dirigir, mesmo com o banco ajustado no nível mais baixo, ainda é a típica de um SUV, mas o motorista percebe que está no posto de comando de um carro diferenciado pelo ronco mais grave e encorpado emitido pelo escapamento logo após dar a partida no motor.

Como o teste-drive foi realizado no Autódromo de Tarumã, no Rio Grande do Sul, levamos o Pulse Abarth próximo do seu limite logo de cara. O traçado com curvas rápidas foi o ambiente apropriado para notar o bom trabalho feito pela divisão esportiva da Fiat no chassi do SUV.

Graças às suspensões mais firmes, o Pulse Abarth tolerou alguns desaforos, como propositais frenagens tardias nas tomadas de algumas curvas. O conjunto, além de manter o carro na trajetória, permitiu saídas de traseira facilmente controladas num sutil contraesterço da direção.

O motor turbinado de 185 cv sobra em desempenho para um carro de cerca de 1.300 kg. O Pulse Abarth ganha velocidade com facilidade, principalmente com o modo esportivo do câmbio acionado pelo botão “Poison” (veneno, em inglês) no volante. Com isso, as respostas do acelerador são otimizadas, a direção fica mais firme e a transmissão troca as marchas em rotações mais elevadas para priorizar o desempenho. Mas trocar as marchas manualmente, nas borboletas no volante ou na própria alavanca, torna a experiência ainda mais empolgante ao esticar as acelerações acima dos 6.000 rpm.

Após “sofrer” nas mãos dos jornalistas que deram várias voltas no autódromo durante uma tarde quente em Tarumã, o Pulse Abarth não demonstrou sinais de fadiga ou ineficiência de componentes (algo comum em carros originais submetidos a condições de pista). O SUV até aguentou uma rodada de voltas rápidas entre os convidados (na qual este jornalista completou o traçado em eternos 9 segundos acima do primeiro colocado), mostrando que está pronto para encarar track days e honrar o legado iniciado há mais de 70 anos pelo preparador e piloto austríaco Carlo Abarth.

Abarth será tratada como marca

Diferentemente da época em que era apenas uma versão mais exclusiva dos modelos Stilo e 500, a Abarth será tratada como uma submarca da Stellantis, com direito a espaço próprio dentro de concessionárias Fiat. Dentro das cerca de 50 lojas previstas a terem um espaço dedicado, a Abarth oferecerá aos clientes produtos exclusivos e atendimento de vendedores especializados.

Teste-drive a convite da Stellantis

Ficha técnica

Motor: dianteiro, transversal, 1.3 turboflex, injeção direta
Potência: 180/185 cv a 5.750 rpm (gasolina/etanol)
Torque: 27,5 kgfm a 1.750 rpm
Tração: dianteira
Direção: elétrica
Suspensão dianteira: independente McPherson
Suspensão traseira: eixo rígido
Freios dianteiros: discos ventilados com ABS e EBD
Freios traseiros: tambores com ABS e EBD
Pneus e rodas: 215/50 R17, liga leve
Dimensões: 4.115 mm de comprimento/ 1.777 mm de largura/ 1.544 mm de altura/ 2.532 mm de distância entre-eixos
Peso em ordem de marcha: 1.281 kg
Carga útil: 400 kg
Volume do porta-malas: 370 litros
Volume do tanque de combustível: 47 litros
Aceleração de 0 a 100 km/h: 8 segundos/7,6 segundos (gasolina/etanol)
Velocidade máxima: 214/215 km/h (gasolina/etanol)

Consumo (Inmetro)
Ciclo urbano: 10,0 km/l (gasolina) / 6,8 km/l (etanol)
Ciclo estrada: 12,3 km/l (gasolina) / 8,8 km/l (etanol)

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