Quando surgiu ao mundo na primeira metade do século passado, o Volkswagen Fusca logo se tornou símbolo do que um carro efetivamente popular deveria ser: simples, compacto, confiável e barato. A receita dele revolucionou a mobilidade automotiva na época, influenciando toda a indústria nas décadas seguintes. Hoje em dia, com a Era dos carros elétricos se consolidando cada vez mais, as montadoras disputam para ver qual delas trará o primeiro "Fusca" dos novos tempos e a própria Volkswagen apresentou seu candidato durante o Salão de Munique, na Alemanha, no começo desta semana: o ID.Life.
Primeiro veículo compacto da plataforma modular elétrica MEB do Grupo Volkswagen (o primeiro, inclusive, a contar com tração dianteira), o conceito ID.Life foi projetado para dar vida a um carro elétrico que custe cerca de 20 mil euros. O valor, convertido em Reais, ainda estaria longe da definição de "popular", mas para os mercados mais desenvolvidos seria bastante atraente.
O ID.Life antecipa uma linha de design que vem se fortalecendo na indústria, especialmente entre os carros elétricos, de mais simplicidade nas linhas da carroceria, um verdadeiro "menos é mais". Se a ideia do carro remete ao Fusca, seu visual resgata mais a memória do "Gol quadrado" brasileiro, com linhas retas e ângulos mais quadrados. E, como também faz parte da "Ethos" dos elétricos, o ID.Life traz diversos elementos feitos de material reciclado, a exemplo do teto composto por garrafas PET.
O interior do conceito segue a mesma linha minimalista de design e propõe inovações como acoplar uma tela digital ao centro do volante e projetar informações no para-brisa, tal qual os HUDs fazem atualmente.
O ID.Life prevê um motor elétrico capaz de entregar 234 cv de potência, o que, de acordo com a Volkswagen, seria capaz de levá-lo aos 100 km/h em 6,9 segundos, desempenho de hatch médio esportivo. A bateria de 57 kWh que equiparia o modelo seria suficiente para render autonomia de 400 km.
Ainda não há data para que o ID.Life surja em sua versão de produção final.