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Avaliação KBB - caro e tecnológico, novo Honda Civic híbrido se afasta dos clientes tradicionais

Agora importada, nova geração do sedã médio está mais eficiente e refinada, mas cobra por tudo isso

O preço certamente foi o que mais chamou a atenção quando a Honda anunciou o lançamento do novo Civic no Brasil. Não é para menos, pois o sedã médio - que era fabricado no interior de São Paulo e há até pouco tempo disputava com o Toyota Corolla a liderança do segmento – voltou a ser vendido no país como um modelo híbrido de nicho.

A KBB Brasil conviveu alguns dias com o novo Honda Civic e:HEV para certificar se o sedã, agora importado da Tailândia, justifica os R$ 244.900 pedidos pela marca. Será que vale a pena desembolsar essa grana toda pelo Civic de décima primeira geração?

Como é o novo Honda Civic?

Depois de sair de linha no Brasil no final de 2021, quando a sua produção foi encerrada em Sumaré (SP) após 24 anos, o Honda Civic voltou a ser comercializado no país somente com motorização híbrida. Além da renovação estrutural e visual, o sedã médio traz como principal novidade o conjunto formado por um motor a combustão interna combinado a dois propulsores elétricos.

O motor 2.0 aspirado de quatro cilindros com injeção direta movido apenas a gasolina trabalha no ciclo Atkinson para ser mais eficiente, gerando 143 cv de potência e 19,1 kgfm de torque. Com o auxílio das duas unidades elétricas, alimentadas por uma bateria de 1,05 kWh, o conjunto entrega 184 cv de potência e 32,1 kgfm de torque combinados.

O novo Honda Civic é dotado de uma transmissão automática de relação fixa. Ou seja, uma única marcha conecta o conjunto motriz às rodas dianteiras.

Entre os principais equipamentos de série do novo Honda Civic estão o painel de instrumentos digital de 10,2 polegadas, a central multimídia de 9” com conexão sem fio os sistemas Android Auto e Apple CarPlay, sistema de som Bose, ar-condicionado automático digital de duas zonas, carregador de celular por indução, chave presencial, teto solar elétrico, freio de estacionamento elétrico, bancos de couro, rodas de liga leve de 17”, entre outros.

Há também o pacote de assistências Honda Sensing, que traz uma câmera frontal com ângulo de 100° e oito radares (quatro na frente e quatro atrás do veículo) para controlar o sensor de ponto cego, o controle de cruzeiro adaptativo com frenagem autônoma emergencial e o assistente de permanência em faixa.

Sedã sobe de patamar em todos os sentidos

Obviamente que a motorização híbrida é a “cereja do bolo” do novo Honda Civic, mas é impossível não reparar no seu visual mais tradicional que o da geração anterior. A carroceria perdeu o caimento de cupê na traseira e assumiu três volumes mais definidos. A ousadia do modelo antigo deu lugar a faróis full LED mais estreitos, apesar do para-choque com entradas de ar maiores, enquanto a traseira trocou as lanternas em formato de bumerangue por um conjunto de LED horizontal que invade a tampa do porta-malas.

Mas é na cabine que o novo Civic mostra que evoluiu na troca de geração. O acabamento está mais caprichado com o uso de materiais de boa qualidade, como peças emborrachadas em quase tudo o que se pode tocar. O painel totalmente digital de 10,2 polegadas tem grafismo parecido com o do novo City, com fácil leitura dos instrumentos. A multimídia flutuante de 9”, posicionada acima da grelha do tipo colmeia que esconde as saídas do ar-condicionado, mostra desde as informações do sistema de som Bose até o fluxo de energia da bateria e qual dos motores está sendo utilizado no momento.

O equipamento é de fácil operação, mas para usar o Android Auto ou o Apple CarPlay é preciso usar um cabo para configurar o telefone celular pela primeira vez.

Mais rápido e eficiente que o Touring

Sim, o novo Civic híbrido anda mais e bebe menos que o antigo Civic Touring 1.5 turbo de 173 cv. De acordo com a Honda, o estreante acelera de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos ante os 8,6 segundos do antecessor.

Em termos de consumo (ambos são movidos apenas a gasolina), são 18,3 km/l em regime urbano e 15,9 km/l em trecho rodoviário. O Touring fazia 11,8 km/l e 14,4 km/l, respectivamente.

O barato do Civic híbrido é que ele utiliza o motor a combustão ou um dos elétricos nas situações em que eles são mais eficazes (o outro elétrico funciona como gerador de energia). A velocidades de até 100 km/h, o sedã funciona como um carro movido apenas a eletricidade, aproveitando os 184 cv e a plenitude nos 32,1 kgfm de torque para entregar acelerações e retomadas muito ágeis – chegando a passar a impressão, em alguns momentos, de ser mais rápido que os nervosos Civic Si de oitava a décima gerações.

Nas velocidades de estrada, o 2.0 a gasolina entra em ação de maneira imperceptível, pois a transição de motores é suave e silenciosa (o ótimo isolamento acústico da cabine contribui para essa sensação). Com o câmbio automático de relação única, o Civic roda como se estivesse sempre com uma sétima marcha engatada.

Dinamicamente, o sedã continua sendo um carro muito agradável de guiar. A direção elétrica tem peso e precisão muito semelhantes aos do modelo anterior. O rodar segue firme e estável em qualquer condição, mas o Civic híbrido parece ter recebido um ajuste fino para suportar maior desenvoltura o asfalto brasileiro. Mesmo calçado em rodas de 17”, o sedã é sempre confortável e eficiente na absorção das irregularidades do piso.

Vale citar ainda o funcionamento praticamente impecável do controle de cruzeiro adaptativo. Como em outros carros equipados com o sistema, no Civic a tecnologia acelera e freia o sedã automaticamente de acordo com a distância e a velocidade do veículo da frente. Mas no Honda há uma combinação com os assistente de direção e de permanência em faixa, que mantêm sozinhos o carro na faixa e até atuam no contorno de curvas de raio mais aberto sem a intervenção do motorista.

O painel de instrumentos ainda mostra um “avatar” do Civic, que acende os faróis e as luzes de freio junto com a iluminação do carro.

Veredicto – O novo Honda Civic e:HEV impressiona no preço, mas se destaca ainda mais na evolução que sofreu na mudança de geração. Além do conjunto híbrido e das assistências de condução, o sedã está mais refinado em acabamento e qualidade de construção. Obviamente que pagar quase R$ 245 mil em um sedã médio está longe de ser uma pechincha – o que vai distanciar os antigos donos da novidade – mas vale considerar que nesta faixa de preços não há nenhum carro tão eficiente e tecnológico como o novo Civic.

Ficha técnica Honda Civic e:HEV

Preço: R$ 244.900
Motor a combustão: dianteiro, transversal, 2.0 16V aspirado, injeção direta, a gasolina
Potência: 143 cv a 6.000 rpm
Torque: 19,1 kgfm a 4.500 rpm
Motor elétrico propulsor: 184 cv e 32,1 kgfm
Potência e torque combinados: 184 cv e 32,1 kgfm
Bateria: 1,05 kWh
Tração: dianteira
Transmissão: automática CVT marcha única
Direção: elétrica
Suspensão dianteira: independente McPherson
Suspensão traseira: independente Multilink
Freios dianteiros: discos ventilados com ABS e EBD
Freios traseiros: discos sólidos com ABS e EBD
Pneus: 215/50 R17
Rodas: liga leve 17 polegadas
Dimensões: 4.679 mm de comprimento/ 1.802 mm de largura/ 1.432 mm de altura/ 2.735 mm de entre-eixos
Peso em ordem de marcha: 1.449 kg
Volume do porta-malas: 495 litros
Volume do tanque de combustível: 40 litros
Aceleração de 0 a 100 km/h: 7,8 segundos
Velocidade máxima: 180 km/h

Consumo (Inmetro)
Ciclo urbano: 18,3 km/l
Ciclo estrada: 15,9 km/l

Garantia veículo: 3 anos sem limite de quilometragem
Garantia motores elétricos e bateria: 8 anos ou 160 mil km (o que ocorrer primeiro)

Avaliação Profissional KBB
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