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Avaliação KBB: Fiat Strada Ranch Turbo

Picape agrada pelo desempenho e versatilidade, mas poderia ser melhor equipada

Em 2023, a Fiat Strada celebrou os seus 25 anos como a primeira picape compacta a oferecer motor turbo e ainda garantiu a liderança nas vendas de automóveis e comerciais leves pelo terceiro ano consecutivo com mais de 120 mil unidades comercializadas.

A oferta da motorização 1.0 turboflex, combinada ao câmbio automático CVT, certamente contribuiu para esse bom desempenho nas vendas. Nos últimos anos, a Strada deixou de ser apenas um veículo de trabalho para também atender quem precisa de um carro versátil, que pode ser utilizado tanto nas atividades comerciais como no lazer.

O novo propulsor está disponível nas versões Ranch e Ultra. Ambas custam a partir de R$ 133.990, tendo apenas o estilo como diferencial. Enquanto a Ranch tem uma proposta mais voltada ao campo e ao agronegócio, a Ultra tem visual com toques mais esportivos e urbanos. Posicionadas no topo de gama da Fiat Strada, essas configurações são as únicas que receberam retoques visuais na dianteira e melhorias internas.

Tanto a Strada Ranch quanto a Ultra contam com para-choque redesenhado, novos faróis de neblina em LED e grade em formato colmeia, que conferem uma aparência mais robusta. Enquanto a Ranch trocou os cromados por detalhes na cor cinza e traz rodas de 16 polegadas com acabamento diamantado, a Ultra traz grade e rodas escurecidas. Ambas contam com os estribos laterais que são meramente figurativos, pois não têm serventia para facilitar o acesso ao interior da picape e, de quebra, sujam a barra da calça se estiverem enlameados ou molhados.

Por dentro, a Strada Ranch tem acabamento com detalhes na cor marrom. Na Ultra, o revestimento de couro é preto com costuras vermelhas. As duas são equipadas com o volante do Pulse, que traz uma tecla vermelha que aciona o modo esportivo do câmbio automático CVT.

A Strada com motor turbo é equipada de série com central multimídia de 7” com conexão sem fio com celulares Android e Apple, carregador de celular por indução e ar-condicionado automático digital. Na parte de segurança, porém, são apenas quatro airbags e os controles de estabilidade e tração.

Apesar da tentativa de dar um toque mais refinado à cabine com a inclusão desses equipamentos, a Strada turbo ainda mostra que se trata de um veículo desenvolvido para o trabalho. Os materiais internos são simples, com predominância de plástico rígido e praticamente nenhum aplique macio ao toque.

O espaço para os ocupantes também é mais limitado se comparado ao de um carro de passeio. O banco do motorista, por exemplo, tem pouca amplitude na regulagem de distância, justamente para não penalizar as pernas do passageiro que se senta logo atrás. O espaço lateral no banco traseiro é digno de carro subcompacto, sendo mais indicado para até duas pessoas para não apertar demais o terceiro ocupante.

A caçamba, por sua vez, facilita na hora de transportar grandes volumes, mas pode não ser prática para levar objetos pequenos soltos, que ficarão rolando pelo enorme “porta-malas” de 844 litros com o veículo em movimento.

Mas o destaque é, de fato, o motor compartilhado com os “irmãos” Pulse e Fastback. O 1.0 turbo de três cilindros com injeção direta gera 125/130 cv de potência a 5.750 rpm (gasolina/etanol) e 20,4 kgfm de torque com qualquer um dos combustíveis.

Conectado ao câmbio automático de variação contínua (CVT) com simulação de sete marchas, esse propulsor permite à picape acelerar de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos e atingir velocidade máxima de 180 km/h, de acordo com os dados de fábrica.

Para efeito de comparação, a Fiat Strada equipada com o motor 1.3 aspirado de 107 cv precisa de pouco mais de 11 segundos para ir da imobilidade aos 100 km/h.

Na prática, a Strada turbo ficou bem mais esperta em qualquer condição de uso. Se na cidade a picape aproveita o bom torque em baixas rotações para superar ladeiras e ganhar espaço no trânsito, na estrada o propulsor permite ditar o ritmo diante de carros mais potentes, dentro dos limites legais de velocidade. Com o modo Sport ativado, o acelerador fica mais sensível e o câmbio faz o motor aproveitar o pico de torque em rotações mais elevadas.

Durante o nosso período de testes, a picape fez médias de 8,8 km/l na cidade e 14 km/l na estrada, sempre abastecida com gasolina e rodando com o ar-condicionado ligado a maior parte do tempo.

Para lidar com o desempenho superior do motor turbinado, a Strada recebeu amortecedores mais firmes e freios aprimorados. Comparando com as versões aspiradas, a picape perdeu um pouco do conforto ao rodar em pisos esburacados, mas ganhou firmeza nas curvas. As frenagens, no entanto, passam a sensação de que o conjunto não condiz com o desempenho do carro. Por isso, os freios a disco nas rodas traseiras seriam muito bem-vindos, além de transmitir uma sensação de maior valor à picape.

No caso da versão Ranch, os pneus de uso misto chegam a emitir um pouco mais de ruído ao trafegar em rodovias, mas conferem maior aderência em estradas de terra, principalmente em dias de chuva.

A Fiat Strada Ranch e Ultra são opções que atenderão melhor quem vai utilizar a picape a maior parte do tempo como carro de passeio, uma vez que as versões aspiradas já cumprem com competência e melhor custo-benefício as funções laborais.

No geral, a Strada turbo manteve a sua consagrada robustez e que deve agradar o consumidor que ainda não dispõe do orçamento necessário para adquirir uma Toro ou uma Chevrolet Montana. Mas por quase R$ 134 mil a picapinha fica devendo itens que são triviais em carros da sua faixa de preços, como chave presencial, piloto automático, chave presencial ou até mesmo airbags de cortina e assistências de condução para elevar o nível de segurança.

Ficha técnica Fiat Strada Ranch T200

Preço: R$ 133.990 (janeiro de 2024)
Motor a combustão: dianteiro, transversal, 1.0 turbo, 12 válvulas, três cilindros, injeção direta, a gasolina e etanol
Potência: 125/130 cv a 5.750 rpm (gasolina/etanol)
Torque: 20,4 kgfm a 1.750 rpm
Tração: dianteira
Câmbio: automático CVT com simulação de 7 marchas
Direção: elétrica
Suspensão dianteira: independente McPherson
Suspensão traseira: eixo rígido com mola parabólica de lâmina única
Freios dianteiros: discos ventilados com ABS e EBD
Freios traseiros: tambores com ABS e EBD
Pneus: 205/55 R16
Rodas: liga leve 16 polegadas
Dimensões: 4.448 mm de comprimento/ 1.732 mm de largura/ 1.601 mm de altura/ 2.737 mm de entre-eixos
Altura livre do solo: 185 mm
Ângulo de ataque: 23°
Ângulo central: 21,6°
Peso em ordem de marcha: 1.253 kg
Capacidade de carga: 650 kg
Capacidade de reboque (sem freio): 400 kg
Volume da caçamba: 844 litros
Volume do tanque de combustível: 55 litros
Aceleração de 0 a 100 km/h: 9,5 segundos
Velocidade máxima: 180 km/h (limitada eletronicamente)

Consumo (Inmetro)
Ciclo urbano: 8,3/12,1 km/l (etanol/gasolina)
Ciclo estrada: 9,4/13,2 km/l km/l (etanol/gasolina)

Avaliação Profissional KBB
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