No finalzinho de novembro, a Geely teve uma oferta sua para comprar da Daimler recusada pela empresa alemã, como a Reuters contou à época. A proposta era que a Daimler emitisse novas ações, com preço mais baixo, para que a dona da Volvo pudesse comprar cerca de 5% do total, um negócio de US$ 4,5 bilhões. A Daimler não topou por medo de ver suas ações diluídas com a negociação (e também para não vender barato, provavelmente). Mas convidou a Geely a comprar a participação que queria no mercado comum de ações, sem qualquer tipo de desconto. O convite, que pode soar a desafio, foi aceito pela chinesa, que agora estaria estudando a compra examente deste modo. Segundo o site chinês Global Times, a Geely deverá gastar US$ 4,73 bilhões no negócio, que deve lhe dar uma participação entre 3% e 5% da alemã, dona da Mercedes-Benz e da smart.
Se o negócio se concretizar, a Zhejiang Geely (nome completo da empresa) colocará os pés em uma das fabricantes mais relevantes do mundo. E certamente proporá colaborações diversas, especialmente com a Volvo. Segundo a Reuters, o objetivo principal da chinesa era ter acesso à tecnologia de baterias para veículos elétricos da Daimler. E criar uma joint-venture de modelos movidos a bateria em Wuhan. A China promete ser um dos maiores mercados para veículos elétricos do mundo. Tanto pelo tamanho de suas cidades (as maiores têm mais de 30 milhões de habitantes), que exigem o uso de veículos não poluentes, quanto pela mão pesada do Estado chinês, que acredita (e investe) no futuro dessa modalidade de automóveis.