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Avaliação KBB - Pulse Abarth é esportivo além do visual

Além do motor turboflex mais potente, SUV possui câmbio e suspensões com acerto exclusivo que favorecem a dinâmica e o desempenho

Mostramos anteriormente os principais detalhes e as primeiras impressões ao volante do Fiat Pulse Abarth em testes realizados em autódromos. No entanto, faltava passar um tempo com o esportivo na vida real para saber como é conviver diariamente com um carro que sofreu diversas modificações para honrar os mais de 70 anos de tradição da divisão de alto desempenho da marca italiana.

Diferentemente das versões que apenas carregam um visual mais invocado, mas não recebem aprimoramentos mecânicos, o Pulse Abarth passou por uma extensa transformação para entregar desempenho e dinâmica de um esportivo legítimo. Além de ser o primeiro SUV da história da Abarth, o modelo é também o primeiro carro da grife desenvolvido na América do Sul.

Do Pulse convencional, o Abarth carrega apenas a casca, pois as suas “entranhas” são exclusivas. Começando pela adoção de um motor mais potente: o escolhido foi o GSE 1.3 turboflex de quatro cilindros com injeção direta, herdado da picape Toro e dos Jeep Renegade, Compass e Commander. No Pulse Abarth, o propulsor recebeu uma calibração específica no mapa do acelerador para priorizar o desempenho, embora tenha mantido os 185 cv de potência e 27,5 kgfm de torque.

O câmbio automático de seis marchas também é o mesmo utilizado nos modelos maiores da Stellantis, porém com um acerto mais agressivo nas acelerações e retomadas.

O resultado é um carro mais vivo (às vezes um tanto afobado) a qualquer estímulo no acelerador. Basta pressionar levemente o pedal do lado direito para o SUV de aproximadamente 1.300 kg mostrar que está pronto para disparar. Em qualquer condição, o câmbio prioriza marchas mais baixas, o que exige algum tempo para o motorista se acostumar – e também penaliza o consumo.

A Fiat diz que o Pulse Abarth acelera de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos com etanol, mas em nossas medições o SUV esportivo fez 8 segundos cravados. Já o consumo urbano variou entre 5 km/l, em trajetos mais congestionados, e 8 km/l, nas vias expressas da cidade de São Paulo. Em rodovia, a melhor média foi de 13 km/l em velocidade constante, mas que logo despencou para 9 km/l quando decidimos explorar o vigor do conjunto mecânico em uma estrada repleta de curvas e variações de relevos - sempre abastecido com o combustível derivado de cana-de-açúcar.

O números acima podem não impressionar quem acha que um carro esportivo precisa ter um haras sob o capô, mas, na prática, o Pulse Abarth é um carro com desempenho bem acima da média. Acompanha tranquilamente carros maiores e mais potentes no fluxo das rodovias e cativa o condutor a cada retomada ou ultrapassagem.

Mas a coisa muda quando o botão Poison no volante é acionado. O painel digital de 7 polegadas muda o grafismo, enquanto o acelerador fica ainda mais arisco e o escapamento emite um ronco mais grave. A transmissão automática estica as marchas até 6.000 rpm e executa as trocas rapidamente, embora a experiência fique mais divertida ao utilizar as borboletas no volante no modo manual.

Para fazer jus aos emblemas da Abarth, o SUV conta com suspensões totalmente reformuladas com amortecedores e molas mais firmes e nova barra estabilizadora. O conjunto controla bem a inclinação da carroceria nas curvas, contando com o auxílio do vetorizador de torque e os pneus Dunlop SP Sport 215/50 R17, que calçam as rodas de liga leve de 17”, para manter o carro em sua trajetória.

Os freios, a disco apenas nas rodas dianteiras, se mostraram eficientes mesmo depois de seguidas frenagens e retomadas. Em nenhum momento notamos sinal de fadiga provocada por superaquecimento.

No uso cotidiano, o Pulse Abarth concilia bem a pegada esportiva com o conforto quase igual ao de um SUV compacto. Comparando com as versões convencionais, o Abarth é um carro mais duro, principalmente ao passar em ruas esburacadas, mas ao mesmo tempo versátil por não ter uma altura de rodagem excessivamente baixa. Ou seja, dificilmente vai raspar o para-choque dianteiro ou o assoalho em valetas e lombadas.

Apesar da posição de dirigir um tanto alta para um esportivo (afinal, estamos falando de um SUV compacto), o Pulse Abarth é agradável de dirigir e trata bem os ocupantes com bancos mais confortáveis e volante revestidos de couro com costuras vermelhas, pedaleiras em alumínio, freio de estacionamento eletrônico com Auto Hold, ar-condicionado digital com saídas para o banco traseiro, carregador de celular por indução e central multimídia de 10,1” com conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay.

Faróis de LED com acendimento automático do facho alto, sensor de chuva, frenagem autônoma de emergência, alerta de permanência em faixa e quatro airbags fazem parte do pacote de itens de segurança. Bem que, por se tratar de um esportivo, poderia ter as bolsas infláveis de cortina para elevar o nível de proteção dos ocupantes.

O Fiat Pulse Abarth manteve o preço de lançamento até a publicação desta avaliação: R$ 149.990. Apenas acessórios e as cores sólidas branco Banchisa e vermelho Montecarlo (R$ 990 cada) e a especial cinza Strato (R$ 1.490), todas com teto preto, são cobrados à parte.

Veredicto – O Pulse Abarth prova que é o melhor esportivo que a Fiat já vendeu no Brasil desde o lançamento do Uno Turbo na primeira metade dos anos 1990. O SUV mostra que, graças ao bom trabalho do fabricante, a sua pegada de esportividade não é apenas visual.

Ficha técnica Fiat Pulse Abarth

Preço: R$ 149.990
Motor: dianteiro, transversal, 1.3 turboflex, injeção direta
Potência: 180/185 cv a 5.750 rpm (gasolina/etanol)
Torque: 27,5 kgfm a 1.750 rpm
Tração: dianteira
Direção: elétrica
Suspensão dianteira: independente McPherson
Suspensão traseira: eixo rígido
Freios dianteiros: discos ventilados com ABS e EBD
Freios traseiros: tambores com ABS e EBD
Pneus: Dunlop SP Sport 215/50 R17
Rodas: liga leve 17 polegadas
Dimensões: 4.115 mm de comprimento/ 1.777 mm de largura/ 1.544 mm de altura/ 2.532 mm de distância entre-eixos
Peso em ordem de marcha: 1.281 kg
Carga útil: 400 kg
Volume do porta-malas: 370 litros
Volume do tanque de combustível: 47 litros
Aceleração de 0 a 100 km/h: 8 segundos/7,6 segundos (gasolina/etanol)
Velocidade máxima: 214/215 km/h (gasolina/etanol)

Consumo (Inmetro)
Ciclo urbano: 10,0 km/l (gasolina) / 6,8 km/l (etanol)
Ciclo estrada: 12,3 km/l (gasolina) / 8,8 km/l (etanol)

Avaliação Profissional KBB
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