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Carlos Ghosn volta à prisão depois de prometer verdade no dia 11

Executivo foi preso nesta quinta (4), às 6h, em sua casa em Tóquio, onde ele estava em prisão domiciliar

A liberdade de Carlos Ghosn custou caro e durou pouco. Libertado em 6 de março, ele voltou para a prisão nesta quinta (4), às 6h. Policiais foram buscá-lo em casa, onde ele cumpria prisão domiciliar. O executivo qualificou a nova prisão como "ultrajante e arbitrária". A nova prisão acontece apenas um dia depois de ele, pelo Twitter, prometer revelar toda a verdade sobre seu caso em uma entrevista coletiva marcada para o dia 11 de abril: “Estou me preparando para contar a verdade sobre o que está acontecendo. Coletiva de imprensa na quinta, 11 de abril”, diz o tweet. 

Antes de ir em cana novamente, Ghosn teve tempo de emitir o seguinte comunicado: "Minha prisão faz parte de outra tentativa de alguns indivíduos na Nissan para me silenciar enganando os promotores. Por que me prender exceto para tentar me quebrar? Eu não serei quebrado. Eu sou inocente das acusações infundadas e injustas contra mim. Depois de estar erroneamente preso por 108 dias, minha maior esperança e desejo hoje é um julgamento justo. Eu estava programado para apresentar minha história em uma coletiva de imprensa na semana que vem. Ao me prenderem novamente, os promotores me negaram essa oportunidade. Por enquanto. Mas estou certo de que a verdade emergirá. Estou confiante de que, se julgado de forma justa, serei absolvido". A coisa fica ainda mais estranha quando se conhece os detalhes da prisão.

Ela foi efetuada exatamente quando Ghosn daria uma entrevista exclusiva à jornalista Maria Bartiromo, da Fox News. Uma dublê de Sophia Loren com nome de música do Ramones (feita em homenagem a ela) que não ficou nada satisfeita, como mostra o tweet acima: "Noite inacreditável. Eu estava prestes a entrevistar Carlos Ghosn com exclusividade ao telefone. Literalmente quando ele estava me ligando, dez agentes entraram em sua casa e o levaram embora. Eu contarei tudo amanhã. Isso é criminoso. Quem investiria no Japão?", pergunta a jornalista.

Segundo a emissora japonesa NHK, novas prisões depois de pagamento de fiança, especialmente uma tão alta quanto a paga por Ghosn, são raras. Por mais que a história de Ghosn talvez indique alguns abusos, como os 50.000€ pagos pelo casamento do executivo pela Renault, a tese de um motim de executivos, apoiado pelo governo japonês, receoso de perder a Nissan para o governo francês, dono da Renault, ganha reforços a cada dia. Impedir que Ghosn se manifeste a respeito torna tudo ainda pior.

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