Em outubro do ano passado, o grupo PSA, composto por Peugeot e Citroën, e que mais recentemente se juntou à FCA (Fiat Chrysler), anunciou um investimento de R$ 220 milhões no Brasil para adaptar a fábrica à nova plataforma modular do grupo.
Os rumores apontavam o seguinte movimento: a planta em Porto Real, no Rio de Janeiro, focaria em produtos Citroën. Um substituto para C3, Aircross e uma futura geração do C4 Cactus. Até mesmo um sedã compacto, feito para brigar com Chevrolet Onix Plus, era apontado nos planos.
Enquanto isso, em Palomar, na Argentina, a empresa focaria nos produtos Peugeot. A primeira prova veio com o 208, que é feito no país vizinho e exportado para o Brasil. Assim, apontava-se que 2008 também seria feito por lá. So que agora as informações são diferentes.
Na coletiva de lançamento do 208 no país vizinho, os diretores da marca disseram que a fabricante diz não ter planos de montar o novo 2008 em nenhum dos países. Além disso, segundo o gerente do grupo na Argentina, Gabriel Cordo Miranda, a Peugeot “irá continuar com o modelo atual, que está tendo bom resultado em vendas, melhorando a linha com uma nova versão ou séries especiais”.
A justificativa reforça a ideia de que talvez seja apenas um blefe para não revelar os planos. No Brasil, o 2008 perde até para o primo C4 Cactus e outros modelos mais caros e de marcas menos relevantes. Na Argentina, no último mês, foram apenas 280 unidades vendidas. Precisaremos acompanhar os próximos movimentos das empresas e também os resultados da fusão com a FCA para decifrar quais os planos dos franceses.