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Fiat Argo Trekking: fantasia de SUV e câmbio CVT por menos de R$ 100 mil

Versão aventureira do hatch custa R$ 9 mil a menos que o Pulse básico com a mesma mecânica

Lançado em 2019, o Fiat Argo Trekking se tornou a versão mais interessante do hatch por combinar uma lista de equipamentos essenciais à suspensão mais alta e robusta para enfrentar a buraqueira do dia a dia. No entanto, a configuração aventureira carecia de um câmbio automático aliado a um motor mais eficiente.

Cerca de um ano depois de aposentar o finado motor 1.8 e.TorQ e a transmissão automática de seis velocidades, que nunca foram referências em economia, o Fiat Argo Trekking volta a dar folga ao pé esquerdo do motorista ao receber o câmbio automático CVT atrelado ao motor Firefly 1.3 - mesmo conjunto motriz que debutou no SUV compacto Pulse e posteriormente foi estendido ao sedã Cronos.

Para quem não faz questão de alguns equipamentos e abre mão do visual mais descolado, a Fiat também oferece o Argo Drive 1.3 CVT a partir de R$ 90.990, atualmente o carro automático zero quilômetro mais em conta do Brasil.

Em ambas as versões o Fiat Argo é movido pelo motor 1.3 flex aspirado de quatro cilindros, que entrega até 107 cv de potência e 13,7 kgfm de torque com etanol, e o câmbio automático de variação contínua programado para simular sete marchas.

Os números do propulsor podem parecer modestos, mas são suficientes para proporcionar uma condução tranquila no trânsito urbano devido à boa disponibilidade de torque em baixas rotações. Dessa forma, o motorista não precisa acelerar excessivamente e o câmbio não eleva demais os giros do motor para o carro ganhar velocidade.

Na estrada, essa característica do conjunto permite trafegar em velocidades de cruzeiro com baixo nível de ruído, uma vez que a 120 km/h o motor está trabalhando tranquilamente a 2.500 rpm e só se deixa ouvir nas retomadas e ultrapassagens, situações em que o câmbio eleva as rotações do propulsor acima de 3.000 rpm. A Fiat informa que o Argo Trekking precisa de aproximadamente 12 segundos para acelerar da imobilidade aos 100 km/h.

Caso o motorista queira ter mais autonomia na condução, pode trocar as marchas simuladas na alavanca. Como no Pulse, um botão no volante aciona o modo esportivo do câmbio para privilegiar o desempenho, fazendo o motor elevar os giros – e consequentemente consumir mais combustível.

Durante a nossa avaliação, o computador de bordo do carro testado apontou médias entre 5 km/l e 8 km/l na cidade, enquanto na estrada não passou de 13 km/l sempre abastecido com etanol.

Nas medições do Inmetro, o hatch obteve médias de 8,9 km/l na cidade e de 10,1 km/l na estrada com etanol. Com gasolina, os números são de 12,7 km/l e 13,9 km/l, respectivamente.

No geral, o Argo Trekking entrega o desempenho esperado para um hatch com motor aspirado, mas é na hora de encarar os obstáculos cotidianos que o aventureiro se sobressai em relação à maioria dos compactos (e até mesmo alguns SUVs compactos) graças aos 18,2 cm de altura em relação ao solo. As suspensões com maior altura e ajustes exclusivos em relação às outras versões praticamente ignoram os buracos, lombadas e valetas comuns nas cidades brasileiras. Isso combinado aos pneus de uso misto que, apesar de ruidosos no asfalto, conferem ao Argo Trekking um pouco mais de valentia em estradinhas de terra batida ou cascalho.

Para combinar com os “pisantes”, o Argo Trekking veste a fantasia inspirada nos SUVs, com direito a para-choques com desenho exclusivo, grade do tipo colmeia, ponteira de escape retangular, racks de teto e uma profusão de adesivos que podem ser um tanto espalhafatosos para quem prefere discrição.

A lista de equipamentos não foi alterada com a inclusão do câmbio automático e do controle de cruzeiro. Itens como airbags frontais, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, direção elétrica com ajustes de altura e profundidade, ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores com acionamento elétrico, faróis de neblina e rodas de liga leve de 15 polegadas já faziam parte do pacote padrão do Argo Trekking, assim como a câmera de ré e a central multimídia de 7” com Android Auto e Apple CarPlay.

Sem opcionais, o Argo Trekking automático parte de R$ 96.990. No caso do carro das fotos, a conta fecha em R$ 101.970 com o acréscimo da pintura metálica cinza Silverstone com teto preto (R$ 1.990) e do pacote Trekking Top (R$ 2.990), que adiciona ar digital, chave presencial e bancos e volante revestidos de material imitação de couro.

Veredicto – O Fiat Argo Trekking CVT é honesto no que diz respeito à sua proposta de ser um carro prático e bom de guiar no uso majoritariamente urbano. No entanto, poderia ter mais equipamentos de segurança, como os airbags laterais que chegaram a ser oferecidos no Trekking 1.8 automático. Assim como as bolsas infláveis, a multimídia com tela maior e que dispensa o uso de cabo para se conectar a telefones celulares também é exclusiva do “irmão” R$ 9 mil mais caro, diferença de preço capaz de convencer o cliente a desistir da compra do Argo Trekking básico e partir logo para o Pulse Drive na hora de fechar o negócio.

Ficha técnica

Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros, 1.3 8V aspirado, injeção multiponto, a etanol e gasolina
Potência: 98/107 cv a 6.250 rpm (gasolina/etanol)
Torque: 13,2/13,7 kgfm a 4.250/4.000 rpm (gasolina/etanol)
Transmissão: automática CVT com 7 marchas simuladas
Tração: dianteira
Direção: elétrica
Suspensão dianteira: independente McPherson
Suspensão traseira: eixo de torção
Freios dianteiros: discos ventilados com ABS e EBD
Freios traseiros: tambores com ABS e EBD
Pneus e rodas: 205/60 R15 uso misto, liga leve
Dimensões: 4.031 mm de comprimento/ 1.750 mm de largura/ 1.539 mm de altura/ 2.521 mm de entre-eixos
Altura mínima do solo: 182 mm
Ângulo de entrada: 21°
Ângulo de saída: 33°
Peso em ordem de marcha: 1.170 kg
Volume do porta-malas: 300 litros
Volume do tanque de combustível: 47 litros
Aceleração de 0 a 100 km/h: 12,8/11,8 segundos (gasolina/etanol)
Velocidade máxima: 169/172 km/h (gasolina/etanol)

Consumo (Inmetro)
Cidade: 8,9 km/l (etanol) e 12,7 km/l (gasolina)
Estrada: 10,1 km/l (etanol) e 13,9 km/l (gasolina)

Avaliação Profissional KBB
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