Os ingleses consideram o Land Rover Range Rover como o pai dos SUVs. Nascido em 1970 e recentemente trazido de volta à vida com o programa Reborn, o modelo tem sua primazia contestada pelos americanos, que acham que o verdadeiro pai da onda SUV é o Ford Explorer, especialmente a edição Eddie Bauer 1990, no mesmo ano em que o modelo foi lançado. A favor do argumento dos americanos está o alto volume de vendas do Explorer, que só foi interrompido pelo escândalo dos pneus Firestone, que literalmente explodiam. Mesmo assim, o Explorer continuou a merecer carinho da Ford, que lançou nessa quinta (10) a 6ª geração do SUV, já como modelo 2020. E com tração traseira.
Com três fileiras de bancos, o novo Explorer conseguiu uma proeza, bem descrita por um artigo da revista americana Motor Trend: ampliar o espaço oferecido para carga e passageiros com a adoção da tração traseira. Isso porque o Explorer mereceu uma plataforma inteiramente nova, pensada para ele, o que permitiu melhor ergonomia, deixar as rodas mais próximas dos extremos do carro, o que amplia o entre-eixos e o espaço para os passageiros, colocar o motor mais baixo, para um centro de massa mais perto do chão (e mais estabilidade) e uma série de outras vantagens que a plataforma anterior, derivada da do Volvo S80, não conseguia oferecer.
O novo Explorer tem 5,05 m de comprimento, 2 m de largura, 1,78 m de altura e 3,03 m de entre-eixos. Ele tem duas opções de motorização: o 2.3 de quatro cilindros EcoBoost, que entrega 304 cv e 42,9 kgfm, números próximos dos do V8 vendido oficialmente no Brasil no final dos anos 1990. Mas a cereja do bolo é o V6 3.0 EcoBoost, com 385 cv e 52,5 kgfm. Os dois usam o câmbio automático de 10 marchas que a Ford desenvolveu em parceria com a GM. Vendido nas versões de entrada, XLT, Limited e Platinum, o SUV começa a ser vendido nos EUA em meados deste ano. Agora, com pneus Michelin...
